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Todos os posts sobre Autoconhecimento

minha casa, minha energia


Sempre que eu vou me apresentar, seja numa palestra ou até mesmo pra explicar melhor quem eu sou e o que eu faço, começo dizendo: Meu nome é Anna Terra, eu sou dona de casa e mãe de bichos. Porque antes de qualquer posto profissional, eu sou isso. E digo que amo comida, viagens e faço uma caipirinha bem boa! :) E eu sempre me orgulhei de dizer que sou dona de casa. E todo mundo que vem aqui diz que minha casa é minha cara, e eu fico toda besta sorrindo e achando isso o melhor elogio que meu cantinho pode receber.

Mas a real é que eu tenho um sério problema com organização. Sou muito, muito desorganizada. Minha casa geralmente é bem caótica, ou então está com o caos escondido. Mas ele sempre está lá, presente, firme e forte em algum lugar (ou em todos) da casa. Eu luto contra isso no dia a dia, mas confesso que tenho mesmo dificuldade de manter a ordem das coisas. Morando sozinha, sempre vou deixando pra depois, deixa aqui que depois eu pego, vou botar aqui rapidinho e… Pronto, aos poucos o caos vai se instaurando.

Aí de tempos em tempos eu dou aquela organizada gigante, perco um dia ou mais nessa função, tiro um monte de coisa pra doar, outro monte de trabalha pra jogar fora (porque além de tudo eu sou uma acumuladora louca) e começo a me sentir mais leve. Faço um monte de promessa de que dessa vez eu vou manter a ordem e… Uma semana já tá tudo bagunçado de novo. É, eu sou essa pessoa.

Então duas coisas aconteceram meio que ao mesmo tempo. Uma foi a minha diarista desenvolver uma super alergia aos pelos dos meus bichos, e não ficar bem depois de fazer faxina aqui em casa. Aí da última vez que ela veio aqui já foi quase como uma despedida, o que partiu meu coração. Enquanto isso, a tarefinha de casa do curso de autoconhecimento que eu estou fazendo no Caminho Simples foi bem clara: organizar um cômodo da casa. Não sabiam eles que todos os cômodos estavam precisando dessa organização, mas vamos começar com um de cada vez, né?

Foi quando no meio da semana eu resolvi parar tudo que eu estava fazendo para dar um grau geral na minha cozinha/ área de serviço. Estava MESMO precisando dar uma atenção especial ao cômodo que mais me acolhe na casa, sabe? Eu tava sentindo aquela quantidade de energia parada ali, a sujeira que estava na área dos bichos, um monte de brebote velho pra jogar fora e outros pra doar. Então arregacei as mangas e comecei.

Primeiro, tirei tudo do banheirinho onde ficam as coisas dos bichos e lavei tudo. Tenho certeza que lavei onde a água nunca bateu, dado o nível de sujeira que saiu de lá. Joguei um monte de pano fora, consertei vazamento no cano, limpei, limpei e limpei. Na cozinha eu tirei tudo de todos os armários e gavetas, lavei tudo, passei pano por dentro de tudo, esfreguei com escova os menores lugares, grades, tudo. Joguei dois sacos gigantes de coisa fora, separei outro pra doar e depois de 10 horas (DEZ HORAS) limpando e organizando uma cozinha super pequena, eu entendi.

Entendi que mais do que limpar, eu precisava me conectar com o meu espaço. Mais do que organizar, eu precisava mexer naquela energia que estava parada nas coisas. Mais do que esfregar, eu precisava sentir cada espaço, enxergar os cantos, entender o que estava, onde estava, porque estava. Eu, que sempre me apresentei como dona de casa, não estava sendo isso na verdade.

Eu sei que você pode estar lendo isso aqui e pensando: afe, foi só uma faxina, eu faço isso toda semana… E você tem razão. Foi só uma faxina. Mas foi a faxina que eu precisava para me conectar a uma Anna Terra que estava meio perdida, meio caótica, meio bagunçada. Foi a faxina que eu precisava para repensar minha autoridade energética dentro do meu próprio espaço. Foi a faxina que eu precisava para lembrar que eu posso e preciso estar mais conectada ao meu espaço, que isso me deixa mais conectada a mim mesma. É, foi a faxina que eu precisava.

Interessante foi ver as pessoas olharem para a cozinha, que na verdade não tinha nada muito diferente “por fora” e dizer que ela estava mais clara, mais leve, mais limpa. Só que eu sei que o que fez as pessoas sentirem isso não foi a passada de pano, e sim a circulada na energia parada que estava ali.

E eu segui a semana bem dedicada a cuidar do meu lar, fazendo limpeza profunda em diferentes cômodos, organizando de um lado, bagunçando do outro, afinal, não vou conseguir mudar minha veia caótica de uma hora pra outra. Mas tenho que dizer que esta foi uma das melhores terapias que fiz nos últimos tempos. Pode ser óbvio, pode ser besta, pode parecer que não é nada. Mas se eu puder deixar uma mensagem pra você aqui, é que essa conexão com o seu espaço faz toda a diferença.

Seja uma faxina rápida ou uma pesada, seja a organização de um guarda-roupa ou da casa toda, seja plantar uma mudinha na varanda ou lavar os banheiros. Quando fazemos com uma intensão maior de limpeza e conexão, ela acontece. E como benefício traz um monte de lampejos pra gente.

Experimenta. E me conta. :)

Boa sorte!

A poesia está dentro de nós, às vezes precisamos tirar uma poeira de cima pra ver.


mais um ano novo de novo esse ano


Foto: Isis de Aragão/ Novo Expediente

Quantas viradas de ano novo cabem num ano só? Esse mês fez dois anos que eu saí da vida de emprego pra vida de trabalho, e que eu fui ressignificando meu tempo, meu calendário, meus dias. O fim do mês não é mais o tempo de salário, a sexta-feira não o dia da alforria e nem a segunda o dia da tortura. Não preciso esperar minhas férias, ou o fim de semana, ou a hora de largar. Eu faço esse tempo. E sabe o que é preciso pra tomar as rédeas disso? Força. Muita força.

Em dois anos tanta coisa mudou na minha vida. Quantos plot twist cabem no roteiro da minha vida? Sei nem contar. Mas algumas mudanças soam muito como uma grande virada de ano novo. Entre tantas que já aconteceram, eu me peguei falando “no ano passado…” para as coisas que tinham acontecido antes da minha viagem pela América Latina. E esses “atos falhos”, que de talhos não têm nada, são um sinal que devemos analisar com carinho e atenção. Sim, foi um ano novo. Uma virada. E que virada.

Desde que voltei muita coisa tem se revirado na minha vida, na cabeça, no coração, nos planos, no estômago, em tudo. E, entre tantas voltas, eu completei mais uma em torno do sol. Meus 31 anos vieram beeeem diferentes dos meus 30. Em um ano quanta coisa aconteceu, minha nossa! E entre um inferno astral super denso misturado com TPM, lua cheia e um monte de circunstâncias malucas, eu fiz 31. Sem festa, sem planos, sem convites, sem mobilizações, sem expectativas. Encontrei, por acaso, algumas pessoas queridas para trocar carinhos em forma de abraços, beijos, segredos, palavras, olhares, comidas, bebidas, lágrimas e otras cositas más. Encontrei a família para trocar força, porque é daí que eu tiro a minha. E depois de me perder tanto de mim mesma, vi que posso voltar a me encontrar também.

Ah os encontros e desencontros. O que seríamos de nós sem eles, afinal. Muitas vezes para enxergar novos caminhos, às vezes até mais floridos e férteis, precisamos nos perder entre uns espinhos. E quando o caminho ladrilhado com pedrinhas de brilhante se mostrar, vamos trilhar, dançar e curtir cada passo dessa trajetória. Porque a bonança nunca é pra sempre, e nem a tempestade deixa de passar.

Entre minhas descobertas e trabalhos de desenvolvimento pessoal, eu fiz um exercício onde deveria escrever três características minhas muito claras, que as pessoas enxergam fácil. E depois, deixar só uma, aquela que as pessoas colocariam na minha lápide. E, sem saber direito o que esperar, escrevi isso. Eu sou forte. É assim que muita gente me vê. É assim que eu me sinto. É assim que eu me porto. É esse meu escudo e minha espada. É esse peso que eu carrego. Essa é a minha luta.

Porque ser forte tem seus lados bons e ruins. Tem seu peso e sua leveza. E é a cada ano novo que eu passo que consigo entender melhor essa minha força, e ver como ela se expressa na minha vulnerabilidade, no meu choro, nos meus pedidos de ajuda, na minha queda e na minha ascenção. Então, minha reflexão para este momento é deixar que a força não seja uma dureza impenetrável, mas que seja a porta para a fragilidade se sentir segura em existir na sua forma mais suave. É preciso ser muito forte para se deixar fraquejar. Sigamos.

<3


10 anos de dona de casa


Quando paro pra pensar que já faz 10 anos que eu saí da casa de mamãe, eu vejo quanta transformação cabe em 1/3 da minha vida. Eu saí de casa sem saber fazer nem um arroz, hoje cozinhar é uma das coisas que mais gosto de fazer na vida. Saí de casa era estagiária, fui empregada, empresária e hoje sou empreendedora independente. Saí de casa sem nenhum bicho, tive gatos que se foram, Chica, minha cachorrinha que me acompanha há 8 desses 10 anos, e mais dois gatos que chegaram pra ficar. Nesses 10 anos quanta coisa aconteceu, por dentro e por fora. Morei com namorados, namorei sem morar junto, morei só sem namorar. Morei em 4 casas diferentes e senti bem quando a nossa energia não assenta em um ambiente, e quando ela encaixa perfeitamente. Tomei gosto por decoração, por reforma, por plantas, por minha furadeira e minha caixa de ferramentas. Descobri que sou uma bagunceira e acumuladora crônica e luto contra isso. Engordei, emagreci, engordei, emagreci num loop que nem sei contar, mas que varia entre 15kg para mais e para menos. Impossível listar as mudanças que aconteceram comigo, mas acredito que a maior delas é aqui dentro.

Nesses 10 anos, menos da metade foi morando realmente só. Mas posso dizer que foram os períodos mais intensos dessa experiência. Tive momentos super difíceis de separação, tristeza, solidão. Tive momentos super maravilhosos de mudança, construção e um sentimento de que ficar sozinha não é se sentir só. Aprendi a apreciar minha companhia e vi que só eu posso enxergar a minha maior força e minha maior fragilidade. Engraçado como às vezes é difícil se encarar, e às vezes é tudo que precisamos. Eu aprendi a entender meus ciclos e sigo aprendendo com eles.

Morar sozinha me ensinou que a gente só devia poder ficar doente na casa da mãe quando ela pode cuidar de nós, mas também me ensinou a fazer sopa só pra mim mesmo quando estou pelando de febre. Me ensinou que fazer feira pode ser uma delícia, cozinhar só pra mim pode ser maravilhoso, mas que lavar louça continua sendo um saco, especialmente os talheres (pior parte pra mim, juro). Me ensinou que eu posso fazer da minha casa meu templo, meu covil, minha caverna, meu palco. Mas seja o que eu escolha fazer, eu sou a protagonista deste cenário. Porque morar sozinha me ensinou a ser sim protagonista da minha vida.

E isso é um trunfo sem tamanho. A gente aprende o peso e a alegria de fazer o papel principal todos os dias, da hora que acordamos até a hora que vamos dormir. Que muitas vezes a fragilidade não é uma opção, mas que ela também não é algo que devemos nos envergonhar ou negar. Morar só me ensinou que eu tenho que ser forte, mas que eu posso fraquejar e que tá tudo bem. Me ensinou que eu posso chorar sozinha sem motivo, que eu posso rir sozinha sem motivo, que eu posso falar sozinha sem motivo, e que tá tudo bem. Me ensinou que eu posso não querer falar com ninguém ou que eu posso querer falar com todo mundo ao mesmo tempo pra não sentir o peso do silêncio, e que tá tudo bem. Me ensinou que existem épocas de vacas gordas e épocas de vacas magras, mas que sempre fica tudo bem. Me ensinou que cuidar de uma casa toda sozinha com três bichos cansa, e que tem horas que eu não quero ter que lidar com isso, e que tá tudo bem. Me ensinou que fazer faxina pode ser uma terapia ou um castigo, e tá tudo bem. Morar só me ensinou que você pode querer sua individualidade ou querer dividir a vida com outra pessoa, ou com outras pessoas, e que tá tudo bem.

Na real, morar só tem me ensinado muito, todos os dias uma coisa diferente. E me sinto muito feliz por ter a oportunidade de viver essa experiência tão intensa há tanto tempo. Morar só me ensina a me julgar menos, o que é uma das coisas mais difíceis da vida, acredito. E me ensina sobre limites, que é uma das coisas mais importantes da vida.

Esse não é um texto pra dizer que morar só é melhor ou pior do que casar, dividir casa com amigos ou morar com a família. Passei por tudo isso e tenho aprendizados memoráveis de cada uma dessas etapas da minha vida. Mas moro só há alguns anos e é essa realidade que pulsa aqui dentro, do quão valioso é viver e entender nosso espaço.

Desejo que todos um dia possam ter essa difícil e deliciosa experiência de autoconhecimento.

Esse autoretrato é antigo, mas eu gosto dele. Um domingo, eu, um vinho, meus bichos e alguma coisa na TV pra espairecer. Acho que é uma boa representação do texto. :)

Em breve, novos posts sobre a viagem. <3


qual o limite entre o pessoal e o profissional?


vida completaDesde que criei esse blog que eu digo que ele é pra tudo, menos pra trabalho. Não é um blog de culinária, de decoração, de viagem nem de reflexões aleatórias. Sempre disse que é minha terapia, um blog sobre a vida. Mas, em que parte da minha vida eu coloquei o trabalho do lado de fora?

O nome do blog já é isso: Ideias de Fim de Semana. Eu criei quando trabalhava em agência de publicidade e era “paga pra ter ideias” durante a semana toda. Então, pra fugir um pouco disso, coloquei que aqui seria o meu espaço para ter as ideias além do trabalho. Fazia sentido pra mim, afinal, eu me enquadrava bem no padrão “trabalhar durante a semana, viver depois do expediente.”.

Mas a real é que eu venho tentando desconstruir isso faz um tempo, e meus processos terapêuticos e de autoconhecimento estão me ajudando muito nisso. Desde que comecei a empreender, que abri uma agência, que tentei fazer de tudo pra mesclar meus “dois mundos”, mas não funcionou. Então só consegui fazer isso mesmo virando freelancer, e isso já já faz dois anos. Tá passando tão rápido! :) Pois é. Tem dois anos que eu não separo tanto o pessoal e o profissional, que eu cuido de mim e da minha vida como um todo. Se eu (nós todos, na verdade) somos uma parte do todo (universo), então porque eu vou me separar de mim mesma? Não faz sentido.

Então, pensando nisso, aproveito pra fazer um convite em conjunto.

Pra quem não sabe bem o que eu faço da vida, além de ser dona de casa, mãe de bichos, gostar de comer e de cozinhar, de praia e de escrever, eu amo compartilhar conhecimento. Isso mesmo. Adoro dar aulas, palestras, conversar com a galera e repassar um pouco do que eu sei. Só de compartilhar aqui as receitas que eu invento, pratico e descubro, além de dar dicas de coisas que eu faço e gosto, acho que já dá pra ver que eu gosto mesmo, né? :)

Além disso, eu adoro falar sobre comunicação digital. Eu trabalho (entre outras coisas) com Planejamento de Comunicação Digital, então falar sobre estratégia, conteúdo e relacionamento entre pessoas e marcas nos ambientes digitais é algo que me encanta. É um universo que mistura bem isso de “pessoal com profissional”, e que tem me trazido muito material interessante sobre comunicação, criatividade e empreendedorismo.

Então venho aqui convidar vocês para se cadastrarem no meu mailling, onde eu envio uma vez por semana (nem toda semana, confesso) um conteúdo sobre comunicação digital. São algumas dicas que pra mim são básicas, mas que pra outras pessoas pode fazer grande diferença na forma de se comunicar e se relacionar com seu público, seus clientes. Se inscreve aqui nesse link.

Nesse vídeo aqui eu explico mais ou menos como surgiu essa ideia de compartilhar conhecimento, e também falo sobre um dos meus formatos de trabalho, caso alguém se interesse. :)

Bem, dito isso e feito o convite, venho fazer outro convite haha :)

Eu estou embarcando na minha primeira viagem sozinha. Sim, já fiz algumas viagens sozinha, mas estou considerando essa a primeira porque é a primeira vez que eu estou planejando tudo sozinha, indo pra lugares que eu nunca fui, sem planejar encontrar com ninguém, enfim, será uma viagem pra fora com um mergulho pra dentro.

E como isso de compartilhar está dentro de mim, eu pretendo publicar algumas coisas no meu Instagram (quando tiver com sinal e com vontade haha) para quem quiser acompanhar. :) Também vou usar a hashtag #AresDaTerra pra quem quiser acompanhar por ela. Afinal, é em busca de respirar que eu estou indo. Não vou levar computador, então estarei mais ou menos off durante esses 20 dias de viagem, o que faz parte dos planos. De toda forma, fica o convite para acompanhar o que aparecer por aí. :)

Bem, feitos os convites, aguardo vocês e até a volta! :D



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