exercícios que fazem bem pra mente
Eu gosto de exercícios e ao longo da vida fui mudando muito o meu jeito de exercitar o corpo. Quando era mais nova, fazia esportes. Era do time de futsal e handebol do colégio, e adorava. Até que uma competição entre colégios me tirou de quadra por muito tempo, com o joelho bem machucado. É, engessei 5 vezes o joelho até descobrir que não dava mais. Ao longo de anos sempre tentei incluir academia… Mas entrava, me dedicava e depois parava. Sempre assim, desde o colégio. Lembro de um tempo que eu estava bem animada e dedicada, indo religiosamente e curtindo. Mas essa fase passou quando troquei de agência, de casa e de academia. Ainda tentei, paguei um ano inteiro em outra pra ver se conseguia ir, mas foi dinheiro jogado fora.
Tive a fase que tentei a corrida, até escrevi aqui sobre o dia que eu morri a São Silvestre. Tentei outras corridas, gostava disso. Sair de casa, correr ao ar livre, encontrar meu limite, essas coisas. Era divertido, apesar de achar que eu era a pessoa que menos aguentava correr que eu conhecia… Sempre senti que meu corpo não foi feito pra correr, mas quem tirou a prova foi o meu joelho com a sua famosa doença do corredor, ou condromalácia patelar. Depois desse diagnóstico foi dado o veredito: não pode correr nunca mais. Entre mil outras limitações de esforço e tipos de exercício que foram sendo adaptados por onde eu passava.
Pra achar um jeito de não ficar parada, e também de correr do trânsito caótico e da falta de estacionamento no Recife Antigo, quando voltei a trabalhar lá comecei a ir andando de vez em quando. Da minha casa pra lá são mais ou menos 7km, dependendo do caminho que eu faça. E eu comecei a amar isso. Mochila nas costas, protetor solar, roupa fechada e pé na rua. E as vezes eu dava voltas no parque pra aumentar o percurso, e mudava de rua, descobria novos caminhos. Eu chegava no trabalho morta de cansada, de calor, de suor e de felicidade. Até falei também sobre isso aqui quando resolvi retratar um pouco do que eu via nas ruas. E até hoje é uma forma de me exercitar que eu pratico, adoro e que é uma terapia muito bem vinda.
Para 2015 eu já tive outra meta envolvendo exercícios: ir de bike pro trabalho. Eu já tinha feito essa experiência quando trabalhava em outra agência, e até postei aqui quando entrei pra esse mundo de duas rodas. Ela era bem mais perto aqui de casa, menos trânsito e tudo. Coisa de menos de 4km, mel na chupeta. Inclusive comprei a bike pra isso. Mas teve um dia que levei uma trancada de um microônibus em cima de uma ponte que eu me tremia tanto que comecei a deixar essa ideia de lado… Mas de lá pra cá muito se melhorou, tanto do trânsito em relação aos ciclistas, quando dentro de mim. Resolvi que ia encarar isso, tantos amigos já fazem, e me dei um lindo capacete de presente de Natal com o objetivo: começar o ano pedalando mais e usando menos o carro.
E tenho o maior orgulho de dizer que estamos no dia 20 de janeiro, já temos quase 3 semanas úteis de trabalho e eu não fui de carro nenhum dia trabalhar. :) Algumas vezes andando, outras de bike, outras de ônibus. Sim sim, porque as vezes parece que pegar ônibus pra quem já tá tão acostumado com o carro é mais difícil do que ir andando ou de bicicleta. Mas aos poucos a gente vai mudando isso dentro da gente, se acostumando e o melhor, gostando de verdade. Só que eu escrevi tudo isso aqui para compartilhar com vocês outro exercício que adotei e está fazendo bem pro meu corpo e pra minha mente. Antes de tudo, gostaria de dizer que eu não sou profissional da educação física, o que eu falo aqui é porque tem feito bem pra mim e se você tem uma opinião diferente tudo bem também. Mas como já estou há alguns meses e tenho visto o quanto tem me feito bem, resolvi trazer para compartilhar. É o treinamento funcional.
Quando eu decidi tomar vergonha na cara e largar oficialmente a academia, eu tinha que buscar outras formas de me exercitar. Não só pelo fato de que eu engordei 13kg em 2014, mas porque eu gosto de exercício. Meu corpo precisa de exercício. Até o meu joelho ruim só tem um tratamento: exercício. E então pedi umas indicações, conheci uns grupos, experimentei umas aulas e fechei o treinamento funcional com o personal Julinho Simões. A gente treina no Sorelli Spa Urbano aqui em Recife, numa salinha pequena e equipada que a princípio me deixou com pé atrás. Os grupos de funcional que eu via eram todos na rua, nos parques, na praia… Esse era numa sala, coisa pequena, pra no máximo 4 pessoas… Será que vai dar certo? Desde que eu saí pingando pela ponta do nariz do primeiro treino, mais do que se eu tivesse corrido todos os parques da cidade, eu tive a certeza: é, funciona. E o que eu mais gosto de lá é que não é o exercício pelo exercício, sabe? Julinho faz questão de explicar quais músculos a gente está trabalhando, porque nós devemos nos concentrar no exercício, porque temos que focar na respiração, no equilíbrio, no movimento correto. Porque o funcional não trabalha só o corpo, ele trabalha também a mente. Você fica mais ativo, mais ligado, desperta mesmo.
Uma vez cheguei lá numa TPM que nem eu me aguentava, e saí mais leve e focada em tornar meu dia melhor. Claro que isso não vai acontecer sozinho, precisa de dedicação, concentração e foco. Eu tenho tentado com afinco tornar disso uma coisa que vai fazer minha vida mais leve. Todos os dias Julinho posta no seu Instagram e Facebook fotos e vídeos dos seus treinos, com um bom texto sobre o que é o treinamento funcional e como ele trabalha pra gente. Vou deixar vocês aqui com alguns exemplos de fotos e textos dele, e uma mensagem bem minha. É como eu disse, funciona pra mim. Mas exercícios deixam a mente da gente trabalhando melhor. Não é só pra emagrecer, pra ficar mais bonita ou nada disso. Isso vem com o tempo e a cabeça da gente sabe quando a auto estima melhora. Mas conhecer melhor nosso corpo, nossos movimentos e nossas limitações faz bem demais. Vida longa aos exercícios, cada um com seus limites. :)“Ao comparar o treinamento funcional com a musculação, percebe-se que o primeiro, através de exercícios livres, ajuda na coordenação e na estabilização. Já a forma com que os exercícios são executados nos aparelhos convencionais de musculação reduz a exigência da coordenação e estabilização, afinal os aparelhos já servem como estabilizadores das articulações.”
“Benefícios do Treinamento Funcional: Os benefícios do treinamento funcional são grandes, como a melhora no teor de colesterol e açúcar no sangue. Outros benefícios que podem ser citados são: Melhora na postura, diminuição de lesões, melhoria no desempenho atlético, aumento na resistência cardiovascular e muscular, maior flexibilidade corporal, entre outros.”
“Segundo os especialistas, o treinamento funcional é indicado para todas as pessoas, sejam elas atletas ou não, jovens ou idosos. A metodologia permite adapta os exercícios de acordo com a necessidade de cada participante. Alongar, aquecer, correr, empurrar, puxar, flexionar, sentar e levantar, abaixar, avançar, subir e descer, agachar, contrair o abdome, equilibrar, observar simultaneamente a respiração, coordenar movimentos e resistir até concluir o circuito, tudo com muito ritmo e sincronia.”
“Treinamento Funcional: A prática pode ser feita com personal trainer, mas vem ganhando espaço também em muitas academias, que passaram a oferecer a modalidade. Se na academia que você frequenta não tiver este tipo de treinamento, converse com o seu professor e peça para que ele insira alguns exercícios funcionais em sua série. Além das academias existem estúdios especializados que oferecem somente este tipo de treinamento.”
“Movimentar importa! Nossos corpos são projetados para se mover, não para se sentar e ficar no computador o dia todo. O treinamento funcional concentra-se em padrões de movimentos ao invés de isolar os músculos. Se você passa a maior parte do seu dia de trabalho sentado no escritório, ficar sentado em máquina na academia é, talvez, contraproducente.”
“TREINAMENTO FUNCIONAL. O que muito se fala nas academias é que o treinamento funcional não é indicado para quem busca aumentar a massa muscular. Mas isso não é verdade. Se o princípio da sobrecarga for utilizado (quando há um estímulo maior do que o aluno está acostumado) corretamente, a hipertrofia é totalmente possível.”