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confraria dos chifrudos


confraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosconfraria dos chifrudosDepois do post de ontem sobre o Mercado da Madalena, terminou parecendo que eu só achei defeito por lá, né? Mas tem muita coisa bacana e linda :) Tudo bem que a parte dos bichinhos meio que mancha a imagem de lá, mas dá pra aproveitar e, vamos combinar, que ter um mercado do lado de casa é uma bênção. Então, se tem, vamos aproveitar o que tem de bom :D

E eu posso garantir que a tal Confraria dos Chifrudos é o que tem de ótimo lá. Gente, eu já disse o quanto eu adoro boteco, pega bebo, pé sujo e essas coisas, né? Me sinto muito melhor num lugar desse do que num bariznho da moda chique e arrumado. Eu gosto mesmo disso aí que tem nas fotos. Um lugar pequeno, temático, decorado com o que tem de melhor e mais barato, com cerveja gelada, comida da boa e história pra contar.

Quando chegamos lá o lugar estava bem movimentado. Passava um pouco das 11h e as pessoas estavam começando a chegar. E homens, praticamente só homens. Desses que parecem clientes fiéis da casa, que já tem 40 anos de história no Mercado da Madalena. Homens que vão pra lá se reunir, ver um futebol na tevê pequena, tomar uma cerva e degustar um tira-gosto. E que, principalmente, não estão nem aí em serem chamados de “cornos”. Ou porque são e assumem, ou porque têm tanta certeza que não são, que não deixam de aproveitar o lugar pelo título que levam. Se bem que por mais tiração de onda que tenha por lá, ninguém é tachado de corno, né. Tudo faz parte da poesia do lugar.

Ao chegar, claramente visitando o lugar pela primeira vez e com uma câmera na mão, eu e meu lindo fomos recebidos com sorrisos pelo sr. Fernando, o dono do lugar. Ele ofereceu o chapéu de chifres pra Manoel e ainda o cornofone, um danado de um celular tijolão de flip daqueles super antigos, enfiados dentro de um chifre desses enormes. Enfim, a brincadeira já fica armada pra quem vai pela primeira vez. E ele manda ler a placa que diz que corno tudo que ver quer ler, e manda tocar o sino que diz que quem é corno toca, e por aí vai. Convidada pra entrar no barzinho apertado para conhecer e fotografar, fiquei logo encantada com a simpatia das pessoas.

E, aqui pra nós, é isso que realmente me anima para ficar e voltar a um lugar. A simpatia das pessoas que estão lá. Não apenas as que servem, mas as que frequentam. A gente pode não trocar uma palavra com elas, mas dá pra ver que, no fundo, são pessoas que estão ali pra relaxar, se divertir e aproveitar o lugar. E foi isso que a gente fez. Sentou na mesa pediu uma gelada e um tira-gosto.

Pra ser ainda mais roots, meu lindo preparou o seu “cafezinho”, misturando Conhaque de Alcatrão com limão e mel, e dividindo comigo de aperitivo, entre um gole na cerveja e uma garfada na galinha guisada. Que, por sinal, estava uma delícia. Podia ser servida com cuscuz ou macaxeira, mas a gente só queria ela pura mesmo pra dar uma mastigada. Macia e com um tempero gostoso, desses caseiros, sem exageros. Delícia.

Depois disso, e de mais algumas cervejas “mofadas” de geladas, a gente pediu um cupim que, sinceramente, não precisava de faca pra nada. Tão macio e suculento que, assim como um bom filé, podia ser comido de colher sem grandes esforços. O que ainda iria facilitar na hora de fazer um cimentinho do molho com farinha ;) E também estava uma delícia.

Então essa foi a grande alegria do Mercado da Madalena. Achar um bar simpático, divertido, com cerveja gelada e comida da boa. Tão pertinho, tão fácil, que eu tô é com medo de ser obrigada a frequentar constantemente :P Então, quem for ao marcado não deixe de ir na Confraria dos Chifrudos porque, sendo corno ou não, vale a pena conhecer :D

confraria dos chifrudos


mercado da madalena


mercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenamercado da madalenaQuem acompanha o blog sabe que eu estive de mudança no começo do ano, né. E a mudança foi da Zona Sul para a Zona Norte, que é bem brusca pra mim. Nascida e criada na praia, e com a bússola interna desregulada de fábrica, eu saí de onde eu conseguia me localizar pela praia, para um lugar que eu me perco ao atravessar a rua de casa. Mas eu vim com vontade de gostar do lado de cá e, tirando a saudade do mar, eu tenho gostado cada dia mais. Apesar das ruas serem estranhas, mudarem de nome, fazerem curvas e os bairros se engalfinharem, aos poucos eu estou me tornando mais local na área :)

Uma coisa que eu acho bacana da Zona Norte é que aqui tem mais mercados, mais praças e a rua parece que é mais feita para as pessoas andarem, sabe? Dá pra ter mais coisas ao redor de casa e não precisar tirar o carro da garagem nem no fim de semana. No máximo, 10 ou 15 reais de taxi te levam pra onde você quer chegar. E, entre uma andança e outra pelos arredores de casa, resolvi ir com a câmera para o Mercado da Madalena, e aqui está o resultado :)

Desde que começamos a sair juntos, eu e meu lindo ficamos de fazer um roteiro de mercados e botecos do Recife, tomando cerveja e experimentando tira-gostos por aí. Já cumprimos alguns, mas terminamos sem levar esse projeto muito pra frente. Terminou que sábado estávamos de bobeira e o destino foi o Mercado da Madalena, a alguns metros de casa. Engraçado que eu conhecia mais o outro lado do mercado, onde ficam os boxes de comida e tal. Acho que só tinha passado no mercado propriamente dito uma vez, pra atravessar pro outro lado :P Mas foi massa dar uma andada e olhar as coisas com calma.

Achei uma barraca de cachaças muito legal que, por coincidência, divide o box com uma lojinha de doces. Acho que é pra você encher a cara em uma e tomar a glicose na outra :P Achei lugares pra comprar queijo coalho, chaque, frutas e verduras. Só me faltou dinheiro na hora pra levar e experimentar. O engraçado é que, além dos boxes que ficam do outro lado e que só tem comida e bebida mesmo, tipo a praça de alimentação, os boxes que são lojinhas se misturam com uns que são botecos, um do lado do outro. É um vendendo sandálias de couro de um lado, um Pitú com feijoada do outro, e outro vendendo bichos.

Sim, chegamos a parte triste do mercado… Ao menos pra mim é triste.

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Eu acho que mais da metade do Mercado da Madalena é de bichos :( Tem até um mercado separado do outro lado que é o Mercado dos Pássaros, onde eu nem quis pisar. Mas andando pelas ruelinhas era o que mais tinha. Lojas e mais lojas de bichos. Peixes, cachorros e pássaros, muitos pássaros. Eu sou do movimento gaiolas sem pássaros, sabe? Mesmo sabendo que esses são criados em cativeiro, que se soltar eles morrem e isso e aquilo outro. Mas não gente, eu não consigo. Acho uma maldade o bichinho preso na gaiola, por mais que muita gente concorde quando Santanna diz que “prefiro bem te ver mais preso dentro da gaiola, do que marca de chubo bem na tua gola, é menos um bichinho pra poder cantar”. Então podem acreditar que foi uma tristeza passar vendo esses bichos.

Esses foram só alguns pássaros que eu fotografei, os que me chamaram mais atenção. Segundo o moço lá, eles podem ser criados porque não são da fauna brasileira (oi? o que foi que eu perdi?), são todos australianos (só pra mim isso não faz sentido?). E quando eu perguntei o preço da cacatua, aquela branca lá de cima que parece grande demais pra pequena gaiola onde ela está enfiada, o cara me respondeu R$25.000,00. GENTE. Que tipo de pessoa paga 25 mil dinheirinhos pra ter um bicho lindo desse preso numa gaiola? Olhem, me desculpem a ignorância no assunto, mas acho uma atrocidade. A verdade é essa.

E os cachorrinhos? Gente, eu tinha vontade de abrir a gaiola e colocar todos debaixo do braço. Levar todo mundo pra fazer companhia pra Chica, sério. Eles não pareceram mal tratados não, sabe… Mas essa carinha deles de tipo “me leva, por favor?” é de partir o coração… E engaiolados, não parece nada confortável. Tive vontade de beijar e abraçar todos, um por um, e cochichar no ouvido deles que em breve alguém vem pra levar eles pra casa. E que eles vão ser amados e cuidados. Ao menos é isso que eu desejo pra eles.

Mas há quem compre e há quem cuide, né. Seja dos pássaros, dos ratos, dos peixes ou dos cachorros. Eu prefiro pensar que cada animalzinho do mercado vai encontrar alguém pra fazê-los feliz.

E, no final das contas, a visita ao Mercado da Madalena foi massa. E a malhor parte dela vocês vão ver no próximo post :D Confraria dos Chifrudos, história, cerveja gelada e um ótimo tira-gosto. Aguardem ;)

 



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