o show de los hermanos
Ah, o show de Los Hermanos… Vai ser difícil falar sobre ele, mas acho bom começar dizendo que eu não sou “a fã” de Los Hermanos. Eu gosto da banda, das músicas, dos shows, mas não sei nada da vida dos caras. Conheço a maioria das letras, mas não sei o nome das músicas. Não tenho nenhum conhecimento que me qualifique como fã deles, eu sou só uma pessoa que gosta muito da música que eles fazem.
Eu já fui pra show de Los Hermanos no teatro, no clube, no centro de convenções, em Recife, em Garanhuns, e com certeza algum que eu não me lembro. E eu só tenho boas lembranças de todos eles, e não foi diferente com o do dia 15 de outubro aqui em Recife. Com os ingressos do camarote na mão, eu e Paolo fomos ao show com queridos amigos. Como a gente foi pra o camarote do patrocinador do show, recebemos camisas, pulseira e cerveja, muita cerveja. Logo no começo do show Paolo saiu para ir ao banheiro e não voltou mais… Rô, querido amigo, foi até lá pra ver se encontrava ele e nada. Então de repente, não mais que de repente, Lucila aponta para uma boina andando lá embaixo e pergunta: – Terrinha, aquilo não é Paolo? *todo mundo gritando palavrões escandalosos ao mesmo tempo*
Paolo, empunhado da sua camisa do patrocinador, sua câmera profissional e sua cara de pau, perguntou para o segurança onde é que entrava para tirar as fotos do show. O segurança sem titubear, abriu a porta e disse “por aqui”. Quando Paolo viu, ele estava na frente do palco, entre a grade que segurava os fãs-histéricos-enlouquecidos-chatos-pra-caralho e o próprio palco. E foi de lá que ele assistiu o show inteiro. Logo ele, que não gostava de Los Hermanos, só no gargarejo. E foi de lá que ele tirou excelentes fotos e fez alguns vídeos, pra deixar registrado o dia que ele começou a gostar de Los Hermanos de verdade :P
E enquanto ele estava lá, eu, Lucila e Manu estávamos no camarote, gritando todas as músicas como se fosse a última, se abraçando, se emocionando, dançando, pulando e fazendo tudo que pessoas felizes fazem quando estão ainda mais felizes. Confesso que eu queria Paolo ao meu lado em algumas músicas… Ele fez falta… Mas como eu considerei que todas as fotos e vídeos foram um presente pra mim, está tudo bem :P
Ah, não posso esquecer de comentar o quanto estava lotado o lugar. Mesmo com a visão “aérea” privilegiada, eu não conseguia ver onde acabava a multidão. Era gente saindo por todos os cantos, espremido em cada buraco. E só estava lá quem realmente gostava da banda. No camarote não né, porque neguinho vai de graça e só pela bebida, pela comida e atrás de clima de paquera e azaração, mas quem tá lá embaixo foi porque gosta de verdade. Foi pra matar a saudade de uma banda tão querida, que passou tanto tempo sem tocar.
E se você achava que ao ler esse post e ia encontrar alguma análise pop-cultural do som dos caras, e da noite em geral, deu com os burros n’água, né? É que eu não sei falar desses aspectos sabe, eu tenho que falar do meu momento, do que eu senti naquela noite, durante cada música. E tenham certeza que só foram sentimentos bons, mesmo sendo embalada a noite inteira por uma banda que toca músicas de dor de cotovelo mas faz todo mundo tirar o pé do chão, levantar as mãos e cantar junto.
Obrigada, Los Hermanos. E voltem sempre.