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Todos os posts sobre amigos

é melhor ser alegre que ser triste


Alegria é a melhor coisa que existe, já dizia o poetinha. Então mesmo com tantos poréns, fui ser alegre no fim de semana do meu aniversário. Quem leu o valor de dizer até amanhã vai entender o tamanho da minha tristeza ao dizer que meu pai não chegou “amanhã”. Pois é, por conta das cinzas do vulcão chileno ele ficou preso em Buenos Aires. Passei o meu dia sem o meu maior presente e o principal convidado da minha festa.

Mas consegui reunir ótimos amigos e uma parte da família. Dei boas risadas, bebi muita cerveja, comi muita fava, ganhei lindos presentes. Foi um dia ótimo e eu só tenho a agradecer aos meus amigos que me levantaram e me deram uma injeção de ânimo pra curtir a festa. Obrigada ainda aos mesmo sem poder ir deixaram uma mensagem no Facebook, ligaram, mandaram sms ou sinal de fumaça. Todos tiveram um lugar cativo no meu coração que estava tão apertado. Obrigada.

Meu pai conseguiu desembarcar no sábado às 18h e ficou menos de 24 horas por aqui. Tive vontade de não dormir para aproveitar cada minuto, mas ele estava numa maratona de dias acordado e estava no aeroporto desde às 4h da manhã… Voltou ontem no fim da tarde, deixando a saudade ainda maior e meus olhos marejados. Mas é assim como a luz no coração.

Ah, é. Ontem foi dia dos namorados… Mas não há muito espaço para comemorações num coração apertado. Então não tenho palavras de amor, fotos ou receitas gostosas. Apenas um domingo. Mais um domingo. Se eu tivesse o dom da música poderia ter escrito um samba, porque eu tinha um bocado de tristeza. E um bom samba é a tristeza que balança.

Mas hoje começa uma nova semana. Vou voltar para academia e tentar entrar na dieta mesmo tendo em casa mais chocolates do que durante a Páscoa inteira. Hoje o dia começou bonito, com sol, e eu busco um pouco de inspiração nesse céu azul. Porque não dá pra ser triste por muito tempo, é melhor ser alegre. A vida é pra valer, não se engane não que é uma só.

Agora vou parar de roubar os versos do Vinícius e dar um jeito de trazer um post alegre pra começar a semana de vocês :)

Bom dia.

 


teatro (ou aquele tempo que não volta mais)


Ontem meu querido ex-professor de teatro, mas eterno mestre, Ricardo Mourão, postou no seu facebook fotos das suas turmas de teatro. E adivinha quem estava lá? Pois é. Fiz teatro por 8 anos da minha vida, sempre na escola mas nunca de brincadeira. Nossas oficinas eram ótimas, nossas aulas eram perfeitas e os ensaios uma bagunça, para o desespero de Mourão :P

Comecei a fazer teatro bem nova (para quem não reconheceu, eu sou a loirinha da primeira foto :P), para essas pequenas peças internas do colégio. Mas houve uma época que a peça de teatro era o momento mais esperado da feira de ciências do colégio, e chegava a reunir muitas pessoas no Teatro Guararapes, que é um dos maiores do país. Nossas peças tinham produção inteiramente nossa, desde a produção do texto até a produção do cenário, figurino, maquiagem e tudo, como vocês podem ver nas fotos da bagunça do camarim :P

Lembro como se fosse hoje a gente andando pelo centro da cidade para comprar material. Virando noite no teatro para produzir cenário. Desenhando maquiagens, figurinos, vendo trilha e efeitos de som. Era um envolvimento total. Perto da estréia da peça a gente passava o sábado e o domingo inteiro ensaiando, comendo cachorro quente na rua e voltando pra ensaiar. Era cansativo mas era um cansaço gostoso, afinal, estávamos com pessoas que a gente gostava e fazendo o que a gente amava.

Essas fotos são da peça Sanatório Geral, que era toda passada dentro de um hospício. Eu interpretava a professora Aurélia, uma professora maluca que só falava ditados populares errados e trocados. Me lembro como se fosse hoje que, a única fala correta da professora foi “o futuro, a Deus pertence!” e eu recebi uma salva de palmas em cena aberta, como a gente diz no teatro. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha “carreira” :P

No teatro em fiz grandes amigos e aprendi muita coisa. Aprendi que desejar “merda!” e “quebre a perna!” era ótimo. Os exercícios de confiança e relaxamento eram excelentes, e até hoje eu sou grata a Mourão por tudo que ele fez por nós. Além de ser um excelente professor, Mourão sempre foi muito sensível e sabia nos passar essa sensibilidade, nos ensinava a aflorar os sentidos para perceber melhor o mundo. Se todos os professores de  teatro em escolas fossem feito ele, eu diria que todo mundo merecia fazer aulas de teatro uma vez na vida.

Por muito tempo eu pensei em fazer artes cênicas, mas a vida é cheia de curvas e me levou para a comunicação social. Coisa que, com certeza, foi aflorada pelas aulas de teatro. Hoje me resta a saudade, a admiração e a tatuagem que eu fiz para esse momento tão especial da minha vida :)

Mourão, obrigada por tudo, de coração. Turma do teatro, parabéns por tudo, de verdade :)


anna terra, o quadro


Eu não consegui misturar esse post com o da exposição toda. Foi especial demais, sabe?

Quem acompanha o blog entende que eu e Carol temos um caso de amor há alguns anos, que começou quando trabalhávamos juntas, e depois no separamos, e juntamos de novo e fomos novamente afastadas uma da outra. Mas só profissionalmente, claro, já que não trabalhamos mais na mesma agência. Já que eu não tiro mais as fotos pro Small Fashion Diary. Já que não temos mais nosso bolinho de bacia da padaria, nem o café depois do almoço, nem a fugida no meio da tarde. E foi por tudo isso que a noite de ontem foi tão especial. Porque quando a saudade tem dessas coisas.

Ontem foi a vernissage (achei chic, hein) da exposição de Carol, que reuniu grandes amigos e grandes saudades. E então eu estava lá, toda trabalhada na máquina fotográfica registrando a exposição, quando me deparei com meu quadro. Isso mesmo. MEU quadro. Carol disse que tinha uma surpresa pra mim, mas eu não imaginei que ela fosse me fazer essa homenagem tão linda… Gente, eu caí em prantos automaticamente. Chorei, chorei, chorei. E depois eu percebi que não chorava só pela homenagem, mas pela saudade. Como Carol, Lucila, Miau, Myrella, Danilo e todo pessoal tão especial da Plano b) me deixa com saudades. Porque lá eu fiz mais do que contatos, eu fiz amigos de verdade, pra toda vida. E foi isso que me fez soluçar por alguns longos minutos. E eu sou dessas que se eu estou com vontade de chorar, eu choro, e não tô nem aí se tem gente vendo. Chorar não faz vergonha pra ninguém, é uma expressão tão sincera quanto uma crise de riso.

Então eu quero agradecer Carol não só pelo quadro, mas por ser assim tão especial na minha vida. Por ser tão fundamental para o meu bem estar. Porque eu percebi que períodos longos de distância dela não me fazem muito bem…

Carol, te amo <3

E vocês aguardem só um pouquinho que já já sai o post completo da exposição :)




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