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hoje é o dia da minha estrela


Eu já escrevi muito sobre a minha mãe, e para minha mãe. Já escrevi poemas, textos, histórias e até piadas, pra ver se ela não chorava dessa vez. Escrevi e-mails, mensagens, cartas, cartões, bilhetes. Já fiz post falando do seu nome e do meu. Escrevi em fotos, na parede, no espelho e no bafo do vapor no banheiro. Eu já escrevi muito para ela.

Já escrevi tanto que hoje me faltam palavras.

Eu queria saber escrever sobre a força e a garra da minha mãe sem precisar chorar. Falar da saudade e do amor sem esse soluço. É que é difícil falar da minha estrela sem chorar. Minha estrela porque, como eu sempre digo, está sempre iluminando o meu caminho. Nem que seja para me mostrar que é melhor não ir por lá.

Minha estrela porque é nela que eu penso quando eu fecho os olhos e quero fazer um pedido. Porque é para ela, e por ela, que eu rezo. Minha estrela porque é só eu olhar para cima que eu vou ver, sempre.

Minha mãe me ensinou a vida, muitas vezes sozinha. E me ensinou que eu devo ser forte, independente e honesta. Minha mãe me ensinou a gostar de boteco, a dirigir e a não ter frescura. E me ensinou a gostar de música boa, de comida boa e de homem bom.

Até hoje eu aprendo com a minha mãe, que não perde o ritmo de trabalho e ainda educa uma adolescente. Sozinha. Minha mãe trabalha desde sempre, e parece que não vai parar nunca. Mas sempre teve um tempo pra mim, filha única até os nove anos. E sempre tem tempo pra Malu, minha irmã caçula, aborrecente de quinze.

Porque minha mãe é foda. PHoda, sabe. Porque não importa se ela dirige 50km para ir e voltar do trabalho e acumula umas 3 ou 4 horas de trânsito por dia. Ela sempre tem tempo para ser mãe. Porque ela é uma mãezona. Daquelas.

Daquelas que merece fazer aniversário no dia 7 de dezembro, e viver em Recife para todo dia 8 ser feriado. E daquelas que merece sombra e água fresca, a sorte de um amor tranquilo, ser feliz e mais nada, e todos esses clichês.

Porque, afinal, ela é uma estrela. E não pode perder seu brilho por nada.

Parabéns Mamis. E mantenha este sorriso lindo como cartão de visita, é lindo :)

Eu te amo muito.

Fotos do nosso fim de semana em Serra Negra. Linda, hein?


paz e beleza é o que eu desejo


Eu tentei falar o mínimo possível da guerra no Rio.. Tá todo mundo falando, tuitando, acompanhando os noticiários como se fosse o novo seriado do momento, mas eu preferi não comentar. Tenho família e grandes amigos no Rio de Janeiro. Passei o reveillon deste ano lá, fazendo ainda mais amigos. Vou pro Rio desde pequena, porque como minha família paterna é de Juiz de Fora, muitas vezes desci no Galeão para seguir viagem. Passei os primeiros dias do ano na cidade maravilhosa, fazendo os programas de turista acompanhada de cariocas, que faziam questão de nos levar aos melhores lugares sempre. Então esses dias tenho ficado com o coração apertado, ao ver amigos sem poder sair de casa pra trabalhar, primo cancelando o seu mega evento de aniversário, e a vida dos cariocas saindo do rumo. Mas eu não vim fazer o post para falar sobre isso. Só vim para fazer meus humildes votos de paz para essa cidade que é realmente linda, e que merece continuar sendo. Então eu entrei no We Heart It, digitei “peace” e escolhi as fotos mais bonitas para postar, afinal, as fotos do Rio todo mundo já viu e sabe que é um colírio para os olhos. Já que daqui eu não posso fazer nada, me resta desejar paz e beleza para todos os cariocas. Do fundo do meu coração.

paz e beleza, é isso que eu desejo.


porque eu tenho este blog?


Hoje eu acordei e, por conta de um sonho, fui direto pro computador olhar umas coisas. Terminei abrindo meu e-mail, e lá eu encontrei um comentário que me fez pensar porque eu mantenho esse blog. O que me faz postar todos os dias. E eu resolvi fazer esse post.

Quando criei o Ideias de Fim de Semana, ele era exatamente isso. As minhas ideias de fim de semana. Eu estava precisando fazer terapia, e resolvi fazê-la de forma independente. Comecei a dedicar parte do meu tempo a cuidar mais da minha casa, e a fazer algumas artes manuais e a cozinhar mais. Eu tinha o maior prazer em fazer porta-copos de jornal, móbile de cartão de visita, quadros de cozinha, porta-retrato em potes de vidro, pintado na parede ou simplesmente coberto de tecido. Cuidava do meu pequeno e humilde jardim de varanda, fazia velas e transformava tudo isso em posts.

Com o tempo, ou com a falta dele, eu comecei a me dedicar menos a minha terapia, e o blog passou um tempinho parado. Mas automaticamente meu corpo e minha mente sentiram os efeitos, e eu percebi que tinha que voltar. Eu precisava mais do blog do que ele de mim. E voltei com força total. Para garantir mais atualizações, comecei a abrir o meu leque de possibilidades, e resolvi postar sobre arte, fotografia, design, decoração, culinária e tudo mais que eu ficasse feliz em ver. O foco do blog mudou, mas acredito que mudou pra melhor.

Rapidamente lancei um novo layout, transferi do blogger pro wordpress e comecei a precisar cada vez mais dele. E ele de mim. Criei um carinho, um afeto, um amor por esse blog que não tem como explicar. Até soltei “eu queria morar dentro do meu blog”. Não dentro das casas lindas que eu posto, não dentro do servidor, não dentro do layout. Dentro do blog. Esse meu cantinho virtual, que eu considero minha casa que tem as portas abertas para o mundo. E nele eu colocaria uma placa “aqui mora uma blogueira feliz”.

E, como acredito que felicidade é totalmente contagiante, comecei a receber e-mails, tweets e comentários cada vez mais carinhosos. E eu comecei a ver que era isso que me dava forças para postar. Porque o meu blog, além de me fazer feliz, estava levando felicidade para pessoas de diferentes estados do Brasil e de outros países do mundo. Então hoje, quando abri minha caixa de entrada estava este comentário:

Olá Anna
Conheci seu blog há pouco tempo, através do JC. Achei uma graça. Há algum tempo resolvi dar uma simplificada na minha vida e me estressar menos com tudo. Vem dando certo e achei seu blog a cara desse minha nova fase. Hoje foi um dia meio cinza, aí resolvi ler seus posts mais antigos, pra relaxar… Li todos. Gostoso demais. Vc parece uma menina bacana que se alegra com os prazeres possíveis. Me identifiquei mais ainda descobrindo coisas em comum. Pimenta, trabalhos manuais, ser casada com “o amor da vida”, amigos, cervejinha etc… Ah e tem seu nome tbm… Acho lindo, li o post em que vc fala como lidava com ele na infância mas que depois passou a gostar. Prestei bem atenção nas suas palavras pra ajudar minha filha(4 anos) com as possíveis futuras “brincadeirinhas” dos coleguinhas afinal ela se chama.. Lara Lua! Espero que ela tbm goste dele depois de grande! Bem Anna é isso, esse comentário é só pra agradecer por ter deixado meu dia mais colorido. Engraçado essa “intimidade” que a internet dá, né? Moramos na mesma cidade, mas não a conheço pessoalmente e ainda assim me atrevo  a dizer seu blog me deixou mais leve hj. Mas hj acho mesmo que não devemos deixar passar a oportunidade de dizer pra alguém que ele foi importante pra gente. Bjo grande, Patricia.

Eu me arrepiei lendo e meus olhos se encheram d’água. Então perecebi que é exatamente essa a resposta pra minha pergunta. É por isso que eu tenho esse blog. É por comentários como esse. É para levar alegria para as pessoas. Para compartilhar o que mais me faz feliz, minhas histórias, minhas fotos, minhas comidas, meu amor. E encontrar pessoas que, como eu, precisam de terapia, precisam relaxar e buscam o Ideias de Fim de Semana. Virou uma terapia em grupo, e quem mais sai ganhando sou eu.

Então resolvi começar o dia agradecendo. Porque cada pessoa que lê, cada uma que comenta, cada e-mail que eu recebo, me faz mais feliz. Me faz ver o sentido da vida, por mais piégas que isso seja. Porque eu acredito que cada um tem uma missão, e a minha começou a ser cumprida depois que eu fiz esse blog.

Obrigada Ideias de Fim de Semana. Obrigada você, que lê, vê e sente este blog.

Obrigada.


o show de los hermanos


Ah, o show de Los Hermanos… Vai ser difícil falar sobre ele, mas acho bom começar dizendo que eu não sou “a fã” de Los Hermanos. Eu gosto da banda, das músicas, dos shows, mas não sei nada da vida dos caras. Conheço a maioria das letras, mas não sei o nome das músicas. Não tenho nenhum conhecimento que me qualifique como fã deles, eu sou só uma pessoa que gosta muito da música que eles fazem.

Eu já fui pra show de Los Hermanos no teatro, no clube, no centro de convenções, em Recife, em Garanhuns, e com certeza algum que eu não me lembro. E eu só tenho boas lembranças de todos eles, e não foi diferente com o do dia 15 de outubro aqui em Recife. Com os ingressos do camarote na mão, eu e Paolo fomos ao show com queridos amigos. Como a gente foi pra o camarote do patrocinador do show, recebemos camisas, pulseira e cerveja, muita cerveja. Logo no começo do show Paolo saiu para ir ao banheiro e não voltou mais… Rô, querido amigo, foi até lá pra ver se encontrava ele e nada. Então de repente, não mais que de repente, Lucila aponta para uma boina andando lá embaixo e pergunta: – Terrinha, aquilo não é Paolo? *todo mundo gritando palavrões escandalosos ao mesmo tempo*

Paolo, empunhado da sua camisa do patrocinador, sua câmera profissional e sua cara de pau, perguntou para o segurança onde é que entrava para tirar as fotos do show. O segurança sem titubear, abriu a porta e disse “por aqui”. Quando Paolo viu, ele estava na frente do palco, entre a grade que segurava os fãs-histéricos-enlouquecidos-chatos-pra-caralho e o próprio palco. E foi de lá que ele assistiu o show inteiro. Logo ele, que não gostava de Los Hermanos, só no gargarejo. E foi de lá que ele tirou excelentes fotos e fez alguns vídeos, pra deixar registrado o dia que ele começou a gostar de Los Hermanos de verdade :P

E enquanto ele estava lá, eu, Lucila e Manu estávamos no camarote, gritando todas as músicas como se fosse a última, se abraçando, se emocionando, dançando, pulando e fazendo tudo que pessoas felizes fazem quando estão ainda mais felizes. Confesso que eu queria Paolo ao meu lado em algumas músicas… Ele fez falta… Mas como eu considerei que todas as fotos e vídeos foram um presente pra mim, está tudo bem :P

Ah, não posso esquecer de comentar o quanto estava lotado o lugar. Mesmo com a visão “aérea” privilegiada, eu não conseguia ver onde acabava a multidão. Era gente saindo por todos os cantos, espremido em cada buraco. E só estava lá quem realmente gostava da banda. No camarote não né, porque neguinho vai de graça e só pela bebida, pela comida e atrás de clima de paquera e azaração, mas quem tá lá embaixo foi porque gosta de verdade. Foi pra matar a saudade de uma banda tão querida, que passou tanto tempo sem tocar.

E se você achava que ao ler esse post e ia encontrar alguma análise pop-cultural do som dos caras, e da noite em geral, deu com os burros n’água, né? É que eu não sei falar desses aspectos sabe, eu tenho que falar do meu momento, do que eu senti naquela noite, durante cada música. E tenham certeza que só foram sentimentos bons, mesmo sendo embalada a noite inteira por uma banda que toca músicas de dor de cotovelo mas faz todo mundo tirar o pé do chão, levantar as mãos e cantar junto.

Obrigada, Los Hermanos. E voltem sempre.



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