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o trabalho encantador de carol levy


carol levy 4 carol levy 3 carol levy 2 carol levy 5 carol levy 6 carol levy 7 carol levyEu já conhecia um pouco do trabalho da contadora de histórias, cantora e encantadora de crianças: Carol Levy. Toda a identidade visual dela é trabalho do querido Betinho Montenegro, e ela tem músicas de Zé Manoel e Jr. Black, só gente massa aqui de Recife. O trabalho de direção de musical e artística é do marido dela, Carlinhos Borges, e eu acho lindo casais que trabalham juntos e não perdem aquele brilho no olhar quando se encontram. <3 Ah, e a produção é da super Raphaela Feitosa, que é pequenininha e virada num mói de coentro, como diz a história.

Quando Carol me convidou pra cuidar da presença dela na Internet, eu me senti honrada em fazer parte desse time com tanta gente massa. Começamos a trabalhar juntas nas vésperas do show de lançamento do CD CantaBicho, e tudo foi uma correria danada. Mas só nas reuniões e nas conversas por telefone já dava pra ir gostando cada vez mais de Carol. Sabe aquela pessoa que quanto mais você conhece, mais admira? Pronto. Sim, esse é um post de rasgação de seda.

O primeiro trabalho mais conhecido de Carol Levy foi o Contarolando, que teve uma temporada na Rede Globo, saiu em DVD e também tem no Netflix pra quem quiser conhecer. É contação de história pra crianças, sabe? Mas que deixa qualquer pessoa vidrada. E acompanhando as redes sociais de Carol é impressionante o quanto as pessoas se encantam e se apaixonam por ela, pelo programa, pelas histórias, por tudo.

Os shows do CD CantaBicho foram nesse fim de semana, e eu tive a honra de acompanhar de perto o primeiro dia. Os bastidores e o show junto com todas aquelas crianças enlouquecidas pra participar. E eu saí do lindo Teatro de Santa Isabel totalmente extasiada. O show é maravilhoso! Carol tem uma voz incrível, canta super bem e ainda dança, tipo nível hard mesmo. A banda dela é ótima e os dançarinos também arrasam. Ou seja, é um baita espetáculo que conseguiu me surpreender muito positivamente.

E o mais impressionante é a relação dela com as crianças. Ela consegue prender a atenção delas de uma forma que eu nunca vi. E quando ela pede silêncio todos fazem automaticamente. E conversando com Carol dá pra ver que é uma via de mão dupla. Ela dá o melhor dela para as crianças e também recebe o melhor das crianças pra ela, como ela mesma disse: é um combustível. Ao final do show Carol faz questão de receber todas as crianças pra beijo, abraço, foto e carinho. E eu pensei que isso deve ser super cansativo, afinal, depois de um show dançando e cantando ela deve sair exausta. Mas ela me disse que é como uma lufada de oxigênio no peito, que é o momento que ela mais gosta e quando ela se renova. Incrível, né? Eu nem consigo imaginar essa sensação, mas que é bonito de ver, isso é.

Enfim, foi bonito demais de ver e eu espero poder acompanhar de perto por muito mais tempo. Ah, e quem quiser acompanhar também, tem o Facebook e o Instagram dela.

Carol, você é demais. Parabéns!


teatro (ou aquele tempo que não volta mais)


Ontem meu querido ex-professor de teatro, mas eterno mestre, Ricardo Mourão, postou no seu facebook fotos das suas turmas de teatro. E adivinha quem estava lá? Pois é. Fiz teatro por 8 anos da minha vida, sempre na escola mas nunca de brincadeira. Nossas oficinas eram ótimas, nossas aulas eram perfeitas e os ensaios uma bagunça, para o desespero de Mourão :P

Comecei a fazer teatro bem nova (para quem não reconheceu, eu sou a loirinha da primeira foto :P), para essas pequenas peças internas do colégio. Mas houve uma época que a peça de teatro era o momento mais esperado da feira de ciências do colégio, e chegava a reunir muitas pessoas no Teatro Guararapes, que é um dos maiores do país. Nossas peças tinham produção inteiramente nossa, desde a produção do texto até a produção do cenário, figurino, maquiagem e tudo, como vocês podem ver nas fotos da bagunça do camarim :P

Lembro como se fosse hoje a gente andando pelo centro da cidade para comprar material. Virando noite no teatro para produzir cenário. Desenhando maquiagens, figurinos, vendo trilha e efeitos de som. Era um envolvimento total. Perto da estréia da peça a gente passava o sábado e o domingo inteiro ensaiando, comendo cachorro quente na rua e voltando pra ensaiar. Era cansativo mas era um cansaço gostoso, afinal, estávamos com pessoas que a gente gostava e fazendo o que a gente amava.

Essas fotos são da peça Sanatório Geral, que era toda passada dentro de um hospício. Eu interpretava a professora Aurélia, uma professora maluca que só falava ditados populares errados e trocados. Me lembro como se fosse hoje que, a única fala correta da professora foi “o futuro, a Deus pertence!” e eu recebi uma salva de palmas em cena aberta, como a gente diz no teatro. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha “carreira” :P

No teatro em fiz grandes amigos e aprendi muita coisa. Aprendi que desejar “merda!” e “quebre a perna!” era ótimo. Os exercícios de confiança e relaxamento eram excelentes, e até hoje eu sou grata a Mourão por tudo que ele fez por nós. Além de ser um excelente professor, Mourão sempre foi muito sensível e sabia nos passar essa sensibilidade, nos ensinava a aflorar os sentidos para perceber melhor o mundo. Se todos os professores de  teatro em escolas fossem feito ele, eu diria que todo mundo merecia fazer aulas de teatro uma vez na vida.

Por muito tempo eu pensei em fazer artes cênicas, mas a vida é cheia de curvas e me levou para a comunicação social. Coisa que, com certeza, foi aflorada pelas aulas de teatro. Hoje me resta a saudade, a admiração e a tatuagem que eu fiz para esse momento tão especial da minha vida :)

Mourão, obrigada por tudo, de coração. Turma do teatro, parabéns por tudo, de verdade :)



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