um pensamento sobre fazer companhia
Na sexta-feira me peguei escrevendo um super email de notícias pra mamãe e papai, atualizando eles das últimas da minha vida corrida. E entre as novidades de mudança de emprego, de rotina e de tudo mais, me peguei pensando no quanto pode ser solitária essa vida tão turbulenta.
Acordar pra trabalhar, trabalhar até ir dormir, isso com alguns poucos intervalos no meio. Todos os dias. Sabe aquela sensação de ter trabalhado um mês em 5 dias? Pronto. Aí chega no final da semana e tudo que eu quero é descansar. Não é sair, não é curtir, é apenas descansar. Colocar as pernas pra cima, ver um filme, abrir uma cerveja. E foi quando eu me peguei pensando sobre as companhias para alguns momentos.
É fácil você ter companhia pra fazer qualquer coisa, né? Pra comer, dançar, correr, viajar. É fácil ter companhia pra fazer compras, ir num cinema, numa festa. É fácil até ter companhia pra fazer obra, bater lage, fazer mudança. Mas as vezes tudo que a gente precisa é de uma boa companhia pra fazer nada.
Um encontro que não depende de nada pra existir, sabe? Onde o silêncio não incomoda, mas que a conversa é bem vinda. Onde pode ter uma bebida ou não. Uma comida ou não. Um filme ou não. Uma companhia apenas pela parceria, pelo encontro. Porque na correria a gente vive cercado de gente, mas a sensação de estar sozinho é constante. Não sei se sou só eu que sinto isso, por conta da minha carência geminiana eminente. Mas a verdade é que por mais um bom tempo sozinha tenha o seu valor, as vezes a companhia para o nada faz toda a diferença.
Então começo a semana com esse pensamento que permeou meu fim de semana. Vamos ser a companhia que não precisa de motivo pra estar junto, porque essa sim é a parceria de verdade. Pra fazer qualquer coisa, existe qualquer pessoa. Pra fazer nada, só existe a gente. :)