o carnaval da minha vida
Primeiro, quero me desculpar pela larga ausência do blog… Acreditem, eu tenho sentido uma enorme saudade de escrever. Mas mudança, carnaval, trabalho, falta de internet em casa, e outras cositas mais têm me feito ficar dias longe do bloguinho. Mas eu vou voltando aos poucos :)
Vou dar uma pausa nos posts sobre a mudança pra falar um pouco do meu carnaval deste ano. Um pouco atrasada, né? Mas sempre vale a pena :)
Meu carnaval começou meio atropelado, meio errado, meio péssimo e me fez mudar todos os planos que eu tinha para ele. Mas isso não foi de todo ruim. Este ano eu estava disposta a conhecer e viver intensamente o carnaval de Recife e Olinda, como eu nunca tinha feito antes. E tenho que dizer, foi o carnaval da minha vida.
Sábado de Zé Pereira é o dia do Galo da Madrugada. O único dia que eu costumava frequentar Olinda, já que mais da metade da população estava se expremendo no Galo. Foi um sábado pra começar bem o carnaval. Devidamente vestida de roqueira para o bloco “Tá bom, a gente freva”, que só toca clássicos do rock em ritmo de frevo, cheguei em Olinda. Na subida da primeira ladeira encontrei logo Carolzinha, e fizemos uma festa só, já que no último carnaval o nosso desencontro foi desesperador, antes de virar piada. Juntas e cheias de disposição para as ladeiras, saímos subindo, descendo, dançando, bebendo e levando cantadas engraçadas, como é típico de Olinda. Entre uma ladeira e outra, encontramos Lari, amiga querida que é, simplesmente, vice-presidente da Pitombeira dos Quatro Cantos, que virou nosso ponto de apoio por todo o carnaval. Cerveja gelada, comida boa, banheiro limpinho e gelo para o meu wisky. Sim, sim. Descobri que a minha bebida do carnaval é wisky. Cerveja me leva ao banheiro a cada meia hora, o que no carnaval de Olinda não é nada conveniente.
Seguimos as três andando, subindo, descendo, levando banho de chuva, dançando e, mais do que tudo, rindo a toa. Fomos pro Tá bom, a gente freva e depois pro Eu Acho É Pouco. Foi bom demais. Aproveitei cada minuto! E, depois que a noite já tinha caído em Olinda foi hora de ir pra casa de Lari, tomar um banho, se organizar para ver, pela primeira vez, a saída do Homem da Meia Noite. Gente, que coisa linda. Que coisa incrível. Que coisa mágica. Eu nunca pensei que pudesse me emocionar tanto com um bloco de carnaval, e me arrepio só de contar. Lindo demais as casas todas decoradas de verde e branco, as crianças vestidas de homenzinhos da meia-noite, todo mundo envolvido no clima massa do bloco. Dava pra ver que quem estava lá era a verdadeira comunidade de Olinda. Gente que nasceu e cresceu vivendo o carnaval. Gente que respira essa cultura linda. Então começam os fogos e, exatamente meia-noite, o boneco gigante deixa a sede do bloco e vem caminhando. Exatamente nesta hora, recomeça a chuva em Olinda. Parecia uma bênção. A frente dele, a banda vem tocando a música do bloco, e é acompanhada por quem sabe cantar. E o Homem da Meia-noite vem reverenciando as casas e as pessoas que estão ali para prestigiá-lo. Emocionante define bem.
Depois disso foi sair em bando com umas 15 pessoas que eu conheci naquela mesma noite, todos amigos de Lari, para curtir o show de Nação Zumbi no Fortim de Olinda, pertinho da praia. Foi uma caminhada looonga e debaixo de MUITA chuva, o que fez a gente bater os dentes o resto da noite. Mas foi bom DEMAIS.
E assim meu carnaval começou a ficar bom. Depois foram todos os outros dias em Olinda, rodeada de amigos queridos e amigos que se tornaram ainda mais queridos. Acho que o carnaval tem o poder de aproximar as pessoas.
Mas acho que esse post já está longo demais, né? Acho que as aventuras dos outros dias de carnaval vão ter que ficar pra outro dia.
E o que eu desejo pra essa sexta-feira? Pra mim, saúde. Pois é, tô mal essa semana inteira, de cama em casa. Mas já tô ficando boa :D E pra vocês eu desejo que a energia do carnaval dure o ano inteiro. Divertindo e aproximando as pessoas queridas.
Bom fim de semana, gente