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Todos os posts sobre amor

uma cerimônia sobre o amor


amorA verdade é que eu acho o ritual do casamento um saco. A começar pelo fato de eu não ser católica e não gostar de missa nem dessas coisas. E, fala a verdade, tá todo mundo assistindo aquilo rezando (sem heresia) pra acabar e começar logo o boca livre. E as cerimônias longas então.. Cheias de senta e levanta, e de uma conversa que parece aula de química: você escuta tudo e sabe que não vai usar nada daquilo pro resto da sua vida. Claro que tem a parte bonita, a noiva entra, as mulheres choram, e o fato de ser uma das pessoas escolhidas pelo casal pra fazer parte daquele momento tão importante da vida deles é o que vale a pena, no fim das contas. Mas, no geral, acho casamento um saco mesmo.

Esse fim de semana eu fui madrinha de casamento pela primeira vez. Mirela me convidou sabendo de toda essa minha opinião sobre as cerimônias, mas o fato dela ter me escolhido pra ser madrinha já me deixou emocionada. E eu, que nunca chorei em casamento, me vi aos prantos só de entrar na igreja e dar de cara com os avós dela lá. Lindos. Eu e Mi nos conhecemos há uns bons 13 ou 14 anos, e já vivemos tantas coisas juntas nesse tempo que nem dá pra contar. Eu me vi tão próxima daquela família mais uma vez. A memória da minha adolescência é recheada da presença dela, e eu tenho o maior prazer de ter feito parte da vida dela também. É um amor incrível, incrível.

E eu, que não gosto de casamento, abri o cortejo das madrinhas e fui a primeira a entrar na igreja. E sentei no banquinho da frente. E chorei antes dela entrar. E chorei quando ela entrou. E chorei a cerimônia quase inteira, a não ser quando eu estava rindo do que o padre falava. Sim, foi uma cerimônia leve, com bom humor, rápida e sincera. Uma cerimônia sem protocolos desnecessários e sem aquele falatório cheio de vazio. A começar pelo começo (claro), onde Mirela e Lucas entraram juntos na igreja. Sim sim, pais e mães estavam lá na frente, esperando por eles, que já entraram juntos. Assim como eles têm passado os últimos 9 anos das suas vidas. Juntos. Não podia ser diferente.

E o que mais me deixou vidrada em tudo que o padre falava foi perceber que mais do que invocar os princípios religiosos e todo aquele discurso que a gente já conhece, ele falou essencialmente do amor. Do amor que une, o amor que constrói, o amor que perdoa, o amor que cuida. Foi uma cerimônia sobre o amor. O amor entre esse casal que só de se olhar você consegue sentir a força desse sentimento. E que trocavam carinhos e afagos no altar, porque era uma cerimônia pra eles mais do que pra qualquer outra pessoa. Era uma cerimônia sobre  amor entre os amigos que estavam ali presentes. O amor entre a família. O amor que, entre tantos problemas que todos nós vivemos, resiste e nos coloca um sorriso no rosto. O amor e só.

Quando o padre falou que “amor é igual a sinal wifi, você não pode ver, mas sabe que ele está aqui entre nós”, a igreja caiu numa gargalhada gostosa. E se gargalhar não for um gesto de amor compartilhado, eu não sei o que é. E foi assim que se desdobrou a conversa até o fim, enquanto Mirela insistia em perguntar “e o beijo?”. E o padre dizia que ia enrolar pra demorar mais só por causa disso :P Mas, por fim, foi uma cerimônia rápida, linda, recheada de amor e verdade, que emocionou todo mundo pelo seu jeito leve de ser levada. E eu tenho o maior orgulho de ter feito parte dela.

E é por isso que eu disse pra Lucas e Mirela que, mesmo que nada mude entre eles, afinal, eles já estão juntos há 9 anos, moram juntos há 4 ou 5, e resolveram casar agora, aquele dia será inesquecível na vida deles. E na minha também.  Será um dia que vai durar pra sempre. E é por isso que eu tenho o maior carinho por ter sido escolhida pra fazer parte disso tudo. Obrigada casal, por compartilhar com a gente esse amor tão intenso e lindo que é o de vocês. Dá pra sentir daqui. Obrigada. <3

muganga selfie


eu acredito em contos de fadas


Sempre quando eu vou pra uma reunião da família Miranda, eu volto com o coração cheio. Pense numa família incrível é essa que eu tenho, viu? Foi aniversário do meu pai na semana passada, e as comemorações foram de Santos até Juiz de Fora. E dessa vez, especialmente, eu reparei mais em uma coisa: no amor dos casais.

Tudo começou no jantar no dia do aniversário de papai. Ele reuniu uns amigos em Santos, uns 20 casais. Fiquei lá observando um pouco e sem querer fui vendo a beleza daquelas relações. Casais mais velhos, outros mais novos. Uns mais carinhosos, outros mais contidos. Mas todos ali pareciam tão amigos, antes de qualquer coisa. Acumulavam histórias e tinham um entrosamento que as vezes parecia um balé. É amor.

Chegando em Juiz de Fora encontramos um casal muito querido, amigos de papai aqui de Recife e meus tios de coração. Sempre vi Tio Augusto e Tia Zilá como uma família linda, pais de um casal e agora a espera do terceiro neto, eles parecem mais radiantes do que nunca. E passam essa amizade, essa parceria que é linda de ver. E num almoço, Tio Augusto contava a história de uma viagem que eles fizeram. Tia Zilá, com pavor de avião, tomou uma dose a mais do calmante e ficou completamente dopada. Ele tendo que segurar ela enquanto ela balbuciava nada com nada com a aeromoça, entre outras vergonhas que ele passou. Então ele brincou dizendo “Olhe, eu nunca tive vontade de me separar não, mas de matar…”. hahaha! É ou não é uma frase de amor? Porque claro que todo relacionamento teve seus mil perrengues, mas o importante é sempre passar por eles. É amor.

Depois disso tivemos a chance de sentar com meus avós num quartinho da casa, e conversar um pouco sobre a vida deles.vovó e vovôEsse mês fez 50 anos que eles estão morando na mesma casa. Na verdade, no mesmo lugar, porque a casa antes era um barraco sem água, sem esgoto e sem espaço pra família com 8 filhos. Mas eles persistiram e resistiram, e foi com muita força e fé que construíram a vida deles. A história é longa e vale um livro. Mas posso dizer que eles criaram todos os filhos com o suor do trabalho, com honestidade e passaram por poucas e boas. Saíram da roça, do Alto do Rio Doce, e a trajetória deles ao longo de mais de 70 anos de casados reúne tristeza, superação, alegrias, sustos, alívios e tudo mais que uma verdadeira história de amor precisa ter. E é incrível ver os dois juntos, se olhando, sorrindo. Um cuidando do outro. Trocando carinhos. E reparar no orgulho que eles tem em contar a história deles é inevitável, porque os olhos brilham. É lindo. É amor.

E com uma família grande, sempre tem gente apresentando namorado, marcando casamento, comemorando aniversário de casado. E entre tanto amor acontecendo, eu recebi também a família que a gente escolhe, que são nossos amigos, né? Tive o prazer de reencontrar Rafa e Cami (lembram do Naminhapanela?) que foram lá pra Juiz de Fora comemorar com papai. São um casal que eu amo e que desde que voltaram pro Rio eu sinto a maior saudade. São amigos que eu sei que posso contar, que não importa o quanto a gente passe sem se ver nem se falar, o carinho não muda. São família de coração. E quando eu vejo os dois juntos, entre carinhos e reclamações, eu lembro que além de admirar cada um por si, eu admiro o casal. Com 30 anos, eles têm 16 anos juntos, é mais da metade da vida compartilhada, mesmo tão novos. E já passaram por tanta coisa. Mudaram pra Recife, voltaram pro Rio, alegrias e perrengues, e os dois sempre juntos. E o brilho no olho é vivo, uma coisa linda de se ver. Porque não importa a idade, o que importa é que é verdade. É amor.

No último dia, já esperando a hora pra pegar a estrada e voltar, vi o quanto de amor existe na saudade. Da família inteira, desde os meus avós até os 3 tataranetos deles, nós só perdemos uma tia. Tia Nézia, irmã de papai. Mas claro que a família inteira é uma só, e Tio Vicente, marido dela, sempre faz parte de todas as comemorações da família Miranda junto com toda a trupe de Barbacena. E eu nem tinha me dado conta que já faz quase 10 anos que minha tia se foi, até ele começar a falar dela. Ele fala com um amor que enche os olhos dele e de quem estiver perto pra ouvir. A cumplicidade que existe ainda é impressionante. Ele diz que ela está com ele sempre, e conta as histórias de que nunca saiu de casa sem dar um beijo de despedida. E se na correria ele fosse saindo pela porta despedindo só com um tchau, ela perguntava veemente “não está esquecendo nada não?”, e ele voltava pra um afago. Isso durante quase 40 anos de casados. Uma vida dedicada ao amor e a família, que vira história e emociona. É amor.

Então deu pra perceber que esses dias eu tive uma overdose de amor, né? Porque isso foi só o que eu consegui contar, mas se a gente parar pra observar o amor pipoca do nosso lado o tempo inteiro. Em pequenas cenas. Em grandes histórias. Em pequenos casos. Em grandes casamentos. Se você parar pra ver, vai poder reparar que muito mais vezes, é amor. E eu finalizo esse post com um poema que meu avô escreveu pra minha vó, em 1995. Sim sim, ele é poeta e em todo aniversário dela e aniversário de casamento ele escreve uns versos, que ele fez questão de ir trazendo pra mostrar pra gente, um a um. Então meus amigos, se isso não é conto de fadas, eu não sei o que é. Só sei que se tem amor, eu acredito. E ponto.poema vovôFiquem com amor, muito amor. <3

 


meu instagram viu #7


Dando sequência aos posts do “Meu Instagram Viu”, e tentando lembrar de postar isso todo mês :P

meu instagram viuMeu Instagram Viu um domingo lindo em Porto de Galinhas.

meu instagram viuMeu Instagram Viu uma coisa que a gente precisa ter mais na nossa vida.

meu instagram viuMeu Instagrma Viu enquanto eu tentava fazer Chica de modelo pra brincar com minha câmera nova.

meu instagram viuMeu Instagram Viu um sábado na praia com tudo que se tem direito.

meu instagram viuMeu Instagram Viu amor plantado pra quem quer colher o bem. Lembram?

meu instagram viuMeu Instagram Viu quando eu esmagava Oliver, o novo membro da família Oliveira que mora na casa de mamãe.

meu instagram viuMeu Instagram Viu uma saudade gostosa pintar no #meumoleskine.

meu instagram viuMeu Instagram Viu um almoço feliz e vegetariano, com esses croquetes de soja lá no Capitão Lima.

meu instagram viuMeu Instagram Viu a versão “cupcake” do nosso amado brownie de chocolate. <3

E aí, gostaram?

Para acompanhar todos os posts do meu Instagram, segue aqui: Terrinha.

E aqui estão os outros posts da série “Meu Instagram Viu” e até a próxima o/


equilíbrio, família, amor e uma tatuagem que eu nunca faria


Eu sempre achei que tatuagem é muito mais do que o desenho. Do mesmo jeito que música é muito mais que a melodia, sabe? Tem toda uma áurea em volta dessas coisas. Os momentos que elas acontecem, as pessoas que elas lembram, os sentimentos que inspiram. E pra mim tatuagem também tem muito disso. Claro que pode ser só um desenho na pele, afinal, é um adorno, uma vaidade. Mas mesmo quando é só um desenho, você vai lembrar do dia que fez, com quem estava, pra onde foi depois, essas coisas. E é por essas e outras que eu digo e repito: tatuagem é muito mais que o desenho.

E na minha última ida pra São Paulo eu fiz uma tatuagem que eu nunca faria. Sim sim, desse jeito. Eu não estava nem pensando em me tatuar, muito menos em São Paulo, muito menos um triângulo, muito menos no braço. Fui para comemorar com meu pequeno seus 18 anos, e era justo a idade que ele estava esperando pra fazer a sua primeira tataugem. Mas não era só as velinhas da nova fase que ele esperava. Ele chegou pra mim e fez: eu te esperei pra fazer a minha primeira tatuagem contigo! Gente, como não se emocionar? Sério, achei de um carinho, de um amor, inexplicável. Que honra.

tattoo fabinhotattoo fabinhoOs desenhos eram simples e lindos. Num dos braços ele fez as iniciais da família em braile. A, de Angélica. C, de Cor Jesus. L de Leonardo. A, de Anna Terra. É muito amor, hein? Que coisa linda. E no outro braço ele fez um triângulo perfeito, símbolo do equilíbrio. Afinal, essa é a chave da vida né. O equilíbrio diante de todas as coisas. Mas quando eu me deparei com tantas homenagens lindas, tanto o fato dele me esperar pra ir com ele fazer, quanto por ter uma letrinha minha ali na primeira tatuagem dele, eu animei pra homenagear também.

Isso mesmo. Uma tatuagem de última hora, de um desenho que eu nunca pensaria em fazer, num lugar que eu não pensaria em tatuar agora. E, aqui pra nós, é uma das tatuagens com maior significado pra mim. Porque além de todo momento de fazer com Fabinho, junto com a sua primeira tatuagem, um desenho igual ao dele, meu triângulo tem ainda mais significados. Somos três irmãos de sangue, assim como os três lados do triângulo. Eu, Malu e Fabinho. No entanto, Malu e Fabinho não são irmãos entre si, ela é da minha mãe e ele é do meu pai. E eles têm exatamente a mesma idade. Isso. Os dois têm um mês de diferença só. Ou seja, eu sou o ponto de equilíbrio entre eles. Bem no meio. Meus dois amores, minhas duas coisas preciosas. Que mesmo não sendo irmãos, tanto se gostam e se dão bem. E minha tatuagem ainda calhou de ser no braço esquerdo, o braço do coração.tattoo anna terratattoo equilibroOu seja, precisa dizer mais alguma coisa? Na verdade, nem precisava dizer nada. Porque é um significado meu, todo meu. Mas que por ser tão bonito e feliz, eu vim compartilhar com vocês. :) Porque, no final das contas, não importa se é uma tatuagem, uma carta, uma música ou uma foto. O que importa é a gente nunca esquecer de compartilhar e demonstrar o amor uns pelos outros. Pela família, pelos amigos, pelos bons momentos. Então que essa segunda-feira seja o começo de uma semana cheia de amor pra viver.

Malu e Fabinho, amo vocês. <3

Ah, e caso tenham interesse, fizemos as tatuagens no Jack Tattoo, na Galeria do Rock. O Tatuador foi Diego Parroy, e ele é ótimo. Tranquilo, da mão leve, paciente e passa uma energia boa danada, o que faz toda diferença.



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