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o que eu aprendi com o projeto na pele


projeto na pele anna terra 3Eu nunca tinha pensado muito sobre fazer fotos “sensuais”, sabe. Fotos assim, pra postar, pra olhar, pra mostrar. Já tive vontade, já fiz caseiras, mas vários motivos não me levavam a pensar em fazer parte de um projeto desses.

O primeiro ponto é a insegurança e insatisfação com o corpo. Minha vida é uma eterna sanfona na balança. Engordo, emagreço, engordo, emagreço não tanto, engordo mais, não consigo emagrecer. Eu já fui bem mais preocupada e paranóica com isso, na verdade. Hoje eu percebo que minha autoimagem era bem derrotada para o que eu era na época. Me danava a dietas, exercícios mil, e tudo com foco não na saúde, não no bem estar, não no cuidado, mas sim no corpo. Não tô dizendo que isso é errado não, tá? Até porque a estética e a vaidade fazem parte de algo muito maior que envolve autoestima e autoaceitação do que ser “frescura” como alguns podem achar. Mas a real é que essa busca pelo corpo não tava me fazendo bem, pelo contrário, tava me deixando mal por muito pouco.

De um tempo pra cá relaxei mais com isso. Tentei controlar minha compulsão alimentar de outras formas, procurei exercícios físicos que me dessem mais prazer do que fossem uma obrigação mortal, busquei me alimentar melhor sem neurose e, melhor de tudo, comecei a aceitar mais o meu corpo do jeito que ele é. Com dobras, com barriga, com celulite, com estria, com manchas, flácida, com ruga, inchada, mole, o que for. Sou eu, faz parte de mim e eu não posso negar isso. Eu não preciso esconder. Não é feio. Não é defeito. Esse é o ponto: não é defeito.

Nós, mulheres, somos massacradas a vida inteira com um padrão de beleza surreal imposto pela sociedade. Pelas revistas, pela propaganda, pelo cinema, pelo jornalismo, pela música, pela família, pelos parceiros, pelos amigos, por tudo que nos rodeia. Nas pequenas coisas vamos “aprendendo” que bonito é ser magra, inteira, durinha, bela, recatada e do lar. E só a gente sabe o quanto isso mexe com a cabeça e com a vida de cada uma de nós. O processo de autoaceitação é constante e demorado, e eu posso dizer que ainda não cheguei lá.

Hoje, me amo muito mais do que antes. Me curto, me olho com mais sutileza, me admiro mais, me toco, me exibo, me critico, me cuido. Hoje eu sei que essa sou eu, e que eu sou muito mais do que o meu corpo pode mostrar. Mas que ele faz parte de mim, cada pedacinho, da manchinha de nascença a tatuagem recém terminada. O que eu escolhi e o que eu não posso evitar, ou escolho não evitar. Essa é Anna Terra, e ela é linda.

Eu posso dizer que cresci com as pessoas me dizendo o quanto eu sou bonita. Desde criança, popularzinha no colégio, sucesso com os meninos na adolescência, nunca me faltaram elogios. Mas aqui dentro, eu nunca entendi, nunca visualizei o que as pessoas viam, nunca enxerguei. Não é drama, não é mimimi. É a construção sofrida de uma autoimagem deturpada. E hoje, com 30 anos, eu me acho mais bonita do que nunca. Sem aquele ar jovem que faz tão bem, mas com a segurança que empodera e diz que estou aqui pra viver a melhor década da minha vida.

E foi por isso que eu topei fazer parte do Projeto Na Pele. Esse projeto lindo, do casal amado Felipe Lorega e Fabi Araújo. É um projeto que não se resume a fotos sensuais. Na boa? Nunca me enxerguei nesses projetos que vejo por aí. Só parecem replicar os padrões de beleza mais ariscos, ou tentar fazer você se encaixar neles. Mas no Na Pele não. Não é só sobre o corpo, não é só sobre a mulher, não é só sobre tatuagem, não é só sobre sensualidade. O Projeto Na Pele é sobre um olhar que fisga a gente por dentro, que mostra as tatuagens dentro do nosso contexto, que mostra nosso corpo dentro do nosso conforto. É um projeto que cuida, que respeita e que faz um carinho danado na autoestima.

Aqui tem algumas fotos, e vocês podem ver o ensaio completo no site.
projeto na pele anna terra 2 projeto na pele anna terra projeto na pele anna terra 4 projeto na pele anna terra 5 projeto na pele anna terra 6 projeto na pele anna terra 7 projeto na pele anna terra 8 projeto na pele anna terra 9 projeto na pele anna terra 10Lembro que quando as fotos saíram, algumas pessoas me perguntaram porque publicar as fotos nas redes sociais, porque se mostrar. Diziam que as fotos estavam lindas mas que não precisava desse tipo de exposição. E eu entendo esse pensamento. Mas, pra mim, faz parte do processo de autoaceitação. Além disso, precisamos desconstruir os padrões de beleza. Precisamos mostrar que isso é lindo, que vida real é lindo. Tem muitas mulheres que precisam dessa força, que precisam desse tipo de projeto pra se enxergar melhor. Mesmo aquelas que não fizeram as fotos, tenho certeza que se sentem mais representadas quando vêem mulheres reais assim. Sem tanto glamour, sem photoshop, sem defeitos. É assim que a gente é. :)

O dia do ensaio foi incrível, um presente pra mim. Começamos a fotografar de manhã, entre caipirinhas, risadas, macacadas, música boa, cachorro, gato, brilho. Minha vida virou um carnaval, e eu por dentro era só alegria e cor. E por fora também. :P Passamos o dia juntos. Chegaram amigos, chegou meu namorado, comemos, bebemos, conversamos, relembramos os cliques, foi incrível.

A Felipe (Fifo, para os íntimos hehehe) eu só tenho a agradecer pelo carinho, respeito e cuidado. O seu olhar me fez muito bem. Me fez linda. Me fez leve. Me fez dar um largo passo rumo a minha autoaceitação. E cada vez que eu olho essas fotos eu abro um sorriso largo, e vejo que a gente botou mesmo pra fuder. Fabi, você foi incrível. Melhor produtora pra me acompanhar não poderia ter. Amiga, tiradora de onda, me deixou super confortável e ainda me ajudava a cobrir e mostrar as coisas todas hahaha <3 Victor, meu bem, você foi maravilhoso. Tenho orgulho de ter um namorado que me apoiou neste projeto, e que mais do que isso, gosta e valoriza cada pedacinho do meu corpo como ele é. E me vê além dele. Obrigada. <3

Afe, eu chega me emociono aqui. Engole o choro, Anna Terra! :) Mas é que tem coisas que mexem muito com a gente, sabe? E eu posso dizer que o Projeto Na Pele me fez um bem sem tamanho, e eu vou ser sempre grata por isso. <3

Vou deixar vocês com mais fotos de outros ensaios lindos, outros corpos lindos, outras tatuagens lindas, outras luzes lindas e principalmente: outras essências lindas que transbordam em cada foto. Só de olhar, dá pra sentir o clima dos cliques, imaginar a música que estava rolando, ouvir a gargalhada, imaginar a piada. Ah gente, como é bom se ver e se gostar. :)

projeto na pele raquel projeot na pele leonardo projeto na pele elisa projeto na pele renata projeto na pele ivan projeto na pele nathalia projeto na pele carol projeto na pele andré projeto na pele sarah projeto na pele malu Vida longa ao #ProjetoNaPele. <3

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já que é pra trintar, trintei.


trintinha 145Eu estava ansiosa pelo meu aniversário de 30 anos como eu acho que nunca fiquei. Não sei bem porque, mas senti que realmente era uma festa de ano novo. E foi por isso que resolvi fazer uma festa mesmo. Aproveitei que meu irmão tá no Brasil e meu pai arrastou a família pra Recife pra comemorar comigo. Então pela primeira vez em alguns bons anos, reunimos novamente meu pai, minha mãe e meus irmãos no mesmo balaio. Tinha mesmo que comemorar.trintinha 11

Fiz a festa no quintal da Casa 57, um espaço massa onde tem o Café e Atelier da Gordinha e a loja da Vitalina. A casa é linda e acomodou carinhosamente todos os convidados. Para o dia, fiz uma decoração simples. Como fiz tudo praticamente sozinha, não tive tempo livre pra fazer muito mais do que isso hehehe :P Escolhi o vermelho de amor e da luta pra ser a cor da festa, e a partir daí fui juntando umas coisas.trintinha 2 trintinha 3 trintinha 5trintinha 10trintinha 1

No teto, pendurei 30 estrelas, essas que ensinei como é que faz nesse post aqui. Na entrada fiz uma cortina de corações, que são super fáceis de fazer também. A dica tá aqui. Além disso, pintei alguns cartazes com frases que eu compartilho da ideologia, e deixei pendurados pra quem quisesse pegar pra tirar foto. Nas mesinhas eu fiz um arranjo super simples com o origami de coração que eu sempre faço, e inclusive é a inspiração da marca e identidade visual do blog, espetei em palitos de churrasco e coloquei em potes de palmito com sal grosso e brilho vermelho.trintinha 6trintinha 4trintinha 16

Sim sim, além do vermelho, o “open bar de brilho” era o ponto forte da decoração, afinal, foi o que decorou a parte mais bonita da festa: os convidados. <3 Coloquei à disposição da galera brilhos de várias cores, tipos, formatos, espelhinho e gloss pra aplicar. Foi tão lindo ver todo mundo brilhando! As pessoas ficaram radiantes, feito eu estava.trintinha 8

A festinha também foi “open bar de caranguejo”, então foi uma mistura de brilho com lambuzado em todo mundo hahah :) São duas coisas que eu aaaaaamo de paixão, brilho e caranguejo, então fiz questão de dividir com esse povo bom que eu tenho por perto. Mamãe ainda fez um caldinho de feijoada delicioso pra dar a sustança na turma, e o café da Gordinha estava vendendo as bebidas e as comidas deliciosas dela. Pense que ficou todo mundo super bem servido.trintinha 13 trintinha 12 trintinha 9O som da festa estava suuuuper elogiado, o tempo inteiro. Teve DJ Fininho (meu amor <3) e DJ Galego dos Coelhos. Teve duelo dos dois, deve som de vinil, de iPad, de computador, teve tudo. Além disso, tinha Ianah Maia fazendo flash day de tatuagens, com desenhos lindos a R$200. Ela tatuou 6 pessoas e eternizou o dia da festa na pele. Belle Souza da Hair Instiga também tava cortando cabelos por lá, deixando o povo ainda mais bonito. Pese numas atrações rochedos que eu consegui reunir! trintinha 14 trintinha 7O dia estava lindo, o céu estava claro, sem uma nuvem. A noite caiu gostosa com uma lua belíssima bem acima das nossas cabeças. Foi tudo tão incrível que eu não consigo parar de agradecer por esse dia. Teve skype com amiga em Barcelona, teve presente de amiga de São Miguel do Gostoso, teve gente se fazendo presente mesmo à distância. E eu posso garantir que recebi todas as good vibes enviadas. Ainda tive a sorte de ter fotos dos convidados, que levaram câmeras pra ajudar a registrar esse momento incrível. Então aqui tem fotos de Julia, Yanna, Malu e minhas. :)

Ah, de presente para os convidados, eu pedi 1kg de ração para cachorro adulto, que eu vou doar para uma moça que cuida de uns cachorros resgatados lá em Camaragibe. Ano passado fiz isso também, e vi o quanto ajuda. Esse ano foram arrecadados 52kg de ração, e isso me deixou ainda mais feliz do que eu achei que poderia ficar. Meu coração está gordo de amor, e eu sou só gratidão.

Obrigada 30, você chegou me fazendo muito bem. Estou me sentindo linda, e a parte mais bonita tá brilhando aqui dentro do peito. Vamos celebrar a vida!trintinha 15


equilíbrio, família, amor e uma tatuagem que eu nunca faria


Eu sempre achei que tatuagem é muito mais do que o desenho. Do mesmo jeito que música é muito mais que a melodia, sabe? Tem toda uma áurea em volta dessas coisas. Os momentos que elas acontecem, as pessoas que elas lembram, os sentimentos que inspiram. E pra mim tatuagem também tem muito disso. Claro que pode ser só um desenho na pele, afinal, é um adorno, uma vaidade. Mas mesmo quando é só um desenho, você vai lembrar do dia que fez, com quem estava, pra onde foi depois, essas coisas. E é por essas e outras que eu digo e repito: tatuagem é muito mais que o desenho.

E na minha última ida pra São Paulo eu fiz uma tatuagem que eu nunca faria. Sim sim, desse jeito. Eu não estava nem pensando em me tatuar, muito menos em São Paulo, muito menos um triângulo, muito menos no braço. Fui para comemorar com meu pequeno seus 18 anos, e era justo a idade que ele estava esperando pra fazer a sua primeira tataugem. Mas não era só as velinhas da nova fase que ele esperava. Ele chegou pra mim e fez: eu te esperei pra fazer a minha primeira tatuagem contigo! Gente, como não se emocionar? Sério, achei de um carinho, de um amor, inexplicável. Que honra.

tattoo fabinhotattoo fabinhoOs desenhos eram simples e lindos. Num dos braços ele fez as iniciais da família em braile. A, de Angélica. C, de Cor Jesus. L de Leonardo. A, de Anna Terra. É muito amor, hein? Que coisa linda. E no outro braço ele fez um triângulo perfeito, símbolo do equilíbrio. Afinal, essa é a chave da vida né. O equilíbrio diante de todas as coisas. Mas quando eu me deparei com tantas homenagens lindas, tanto o fato dele me esperar pra ir com ele fazer, quanto por ter uma letrinha minha ali na primeira tatuagem dele, eu animei pra homenagear também.

Isso mesmo. Uma tatuagem de última hora, de um desenho que eu nunca pensaria em fazer, num lugar que eu não pensaria em tatuar agora. E, aqui pra nós, é uma das tatuagens com maior significado pra mim. Porque além de todo momento de fazer com Fabinho, junto com a sua primeira tatuagem, um desenho igual ao dele, meu triângulo tem ainda mais significados. Somos três irmãos de sangue, assim como os três lados do triângulo. Eu, Malu e Fabinho. No entanto, Malu e Fabinho não são irmãos entre si, ela é da minha mãe e ele é do meu pai. E eles têm exatamente a mesma idade. Isso. Os dois têm um mês de diferença só. Ou seja, eu sou o ponto de equilíbrio entre eles. Bem no meio. Meus dois amores, minhas duas coisas preciosas. Que mesmo não sendo irmãos, tanto se gostam e se dão bem. E minha tatuagem ainda calhou de ser no braço esquerdo, o braço do coração.tattoo anna terratattoo equilibroOu seja, precisa dizer mais alguma coisa? Na verdade, nem precisava dizer nada. Porque é um significado meu, todo meu. Mas que por ser tão bonito e feliz, eu vim compartilhar com vocês. :) Porque, no final das contas, não importa se é uma tatuagem, uma carta, uma música ou uma foto. O que importa é a gente nunca esquecer de compartilhar e demonstrar o amor uns pelos outros. Pela família, pelos amigos, pelos bons momentos. Então que essa segunda-feira seja o começo de uma semana cheia de amor pra viver.

Malu e Fabinho, amo vocês. <3

Ah, e caso tenham interesse, fizemos as tatuagens no Jack Tattoo, na Galeria do Rock. O Tatuador foi Diego Parroy, e ele é ótimo. Tranquilo, da mão leve, paciente e passa uma energia boa danada, o que faz toda diferença.


sobre vaidade, leveza e novos ventos


tattoo balãoToda vez que eu faço uma tatuagem nova é batata, mamãe fica surpresa como se fosse a primeira vez, papai com certeza torceu a cara e fez questão de não curtir nenhuma foto e os amigos e familiares mais conservadores ficam achando um absurdo, uma revolta contra alguma causa, uma afronta a sociedade. Mas, na verdade, é só uma vaidade. Já falei sobre isso aqui antes. Cada um tem a sua, e tatuagem é a minha. Acho lindo, tenho várias e quero fazer cada vez mais. Com ou sem cara feia das pessoas. Porque não é a cor do batom que eu uso, a tinta que boto nos cílios, as unhas que eu não pinto ou a tatuagem que eu faço que me dizem a pessoa que eu sou ou deixo de ser, só mostram um pouco da minha vaidade. :)

E a tatuagem é uma vaidade e tanto. Ela é pra sempre, ela tem seu significado nem que seja pra marcar o momento que foi feita. Ela carrega em si a força de um sentimento e isso é lindo. Tenho tatuagens de diferentes momentos da minha vida, de diferentes sentimentos, de diferentes fases. Esse ano faz 10 anos que eu me tatuo, e nesse tempo já mudei bastante. E se você me perguntar se eu me arrependo de alguma, eu vou dizer que não. Se você me perguntar se eu acho todas bonitas até hoje, eu vou dizer que não. Mas nem sempre a beleza da tattoo é o que mais importa, ao menos não pra mim. Ter o nome da minha mãe tatuado aos 17 anos, no apartamento de um amigo meu, por ele mesmo inexperiente e fazendo sua 2a tatuagem, ao lado de outro grande amigo que se tatuou no mesmo dia, é algo que eu nunca vou esquecer ou me arrepender. É parte da minha história, da minha vida, e vai estar comigo pra sempre.

E outro momento que eu nunca vou esquecer é esse, de soltar minhas amarras e ter coragem de embarcar em novos ventos. Só um misto de força e leveza são capazes de fazer isso com a gente. E essa minha tatuagem mais recente (além de linda) simboliza muito esse meu momento. E que eu tenha essa coragem sempre, de embarcar em novos ventos que soprem por aí.

tattoo balãotattoo balãotattoo balãotattoo balãotattoo balão

Me tatuar um dia depois do meu aniversário de 27 anos, 10 anos depois de começar a me tatuar com Renato Mousinho, foi um misto de emoções. Foi o primeiro desenho da autoria de Renato que eu tatuei, e fui sem medo porque se tem uma pessoa que eu confio de entregar a minha pele é ele. Muito ele fez direto na pele, sem eu ver. Todas as sombras, as linhas da cestinha, tudo direto na agulha e eu só na felicidade.

Aproveitando os dias finais de folga antes da mudança definitiva de agência, consegui um horário na super disputada agenda dele. Chegando toda feliz e saltitante no estúdio, quando ele ia tirar a cópia pra ampliar o desenho PAM. Faltou luz na rua toda. Eu pensei que por um lado foi bom, porque não tinha começado a tattoo ainda… Mas eu fiquei com medo de não voltar a luz, de não dar tempo, de me frustrar e ficar super triste de não fazer a tattoo. E passou meia hora, uma hora, duas horas. Eu fiquei lá esperando, no calor, no sono, na agonia. Mas um pouco mais de duas horas depois, a luz voltou! E eu subi correndo as escadas pra saber se dava tempo de fazer antes da próxima sessão que tava marcada. E Renato viu a empolgação e disse: a prioridade hoje é a senhora!

E começou sem dó nem piedade, riscando e ferindo e doendo, e eu sorrindo. Tudo bem que depois de 2 horas o sorriso meio que foi embora, mas a felicidade não. Mesmo atrasando mais de uma hora a sessão do moço que esperava do lado de fora pra tatuar o pé do seu bebê, Renato terminou tudo e o resultado não podia ser melhor. Esse balão lindo, perfeito pra marcar esse novo momento, esse novo vento, esse recomeço.

Obrigada. Obrigada todos que fizeram parte da jornada. Obrigada todos que fazem parte dos novos ventos. Obrigada Renato como sempre. Obrigada.

 



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